O Real Madrid sabe que não vencerá o Campeonato Espanhol. Incrédulo no milagre, mas com o orgulho da batalha, a equipe, ao menos, impediu o título do Barcelona nesta rodada ao bater o Valladolid por 4 a 3, num Santiago Bernabéu impaciente com o técnico José Mourinho, cujo destino deve ser o Chelsea na próxima temporada.
A quatro rodadas do final da liga nacional, o time merengue reduz, provisoriamente, para oito pontos a distância para o rival, ou seja, se o Barcelona vencer o Betis, no domingo, nada de troféu, embora o time catalão dependa das próprias forças na jornada seguinte.
Nos primeiros minutos da partida, um grupo de torcedores gritou o nome do técnico José Mourinho e foi logo abafado pelo resto do estádio com uma enxurrada de vaias. O português parecia estar "nem aí" para o espetáculo. No intervalo, sequer foi ao vestiário conversar com os jogadores. Sisudo, o "Special One" não quer papo.
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Em campo, o Real Madrid foi um reflexo do seu treinador. Forte, mas sem vibração. A cada gol, os jogadores pareciam estar cumprindo uma obrigação sem o mínimo prazer. Apenas um sorriso discreto de Cristiano Ronaldo no quarto tento.
O Valladolid começou surpreendendo e abriu o placar com González. Acostumado a sofrer o primeiro contra equipes menores do Espanhol, o Real foi à frente e empatou com Di María numa bola que desviou na defesa adversária. O argentino ainda teve tempo de colocar a bola na cabeça de Cristiano Ronaldo, que virou o placar.
O time visitante ainda conseguiu empate no final do primeiro tempo com Guerra, aproveitando-se da desatenção da dupla de zaga merengue, formada pelos portugueses Ricardo Carvalho e Pepe.
O Real voltou ao segundo tempo e não sofreu mais sustos. Kaká desempatou logo no início. Sempre que o brasileiro marcou ou deu assistências, os blancos nunca foram derrotados.
Para espantar a mau humor merengue, Cristiano Ronaldo fez mais um, foi para a torcida e sorriu. Algo muito difícil para o momento de incertezas que enfrenta o Real.
No final, Sastre ainda marcou um golaço, pegando de fora da área. Mas nada que pudesse ameaçar o triunfo dos donos da casa.