O Cruzeiro vinha de seis vitórias seguidas no Mineirão no Campeonato Brasileiro. Ao todo na competição, eram nove vitórias e um empate no local. Nesta quarta-feira, o desfalcado São Paulo não deu bola para o ótimo retrospecto do rival, venceu por 2 a 0 com gols dos laterais Douglas e Reinaldo e se manteve longe da zona da degola. O ex-corintiano Willian perdeu uma chance incrível na primeira etapa e colaborou.
Os paulistas estão em 16º lugar, com 33 pontos, um a mais que o Vasco. Os mineiros continuam com boa vantagem na ponta: 59 pontos, contra 48 do Grêmio, derrotado em casa pelo Criciúma nesta rodada.
Nesta noite, o Tricolor não contava com três de seus principais jogadores: o goleiro Rogério Ceni, suspenso, o atacante Luis Fabiano, lesionado, e o zagueiro Antônio Carlos, autor de dois gols no triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória, no último sábado, também no departamento médico. No Cruzeiro, a maior baixa era o zagueiro Dedé, que está com a Seleção Brasileira.
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O domingo será de clássico para os dois times. No Independência, com mando do rival, o Cruzeiro duela com o Atlético-MG. No Morumbi, o São Paulo recebe o Corinthians. Os duelos serão às 16h.
O JOGO
Para quem esperava um massacre cruzeirense, o equilíbrio do primeiro tempo foi surpreendente. Muricy Ramalho armou o São Paulo com Rodrigo Caio na zaga ao lado de Edson Silva, e Paulo Miranda preso na lateral-direita, com Douglas mais livre para atacar pelo setor. O ataque deixou a desejar com Aloísio e Ademilson, mas a Raposa não dominou o meio de campo como se esperava.
Ironicamente, o futebol bonito do líder do campeonato só foi visto na jogada que Willian concluiu muito mal, aos 31 minutos. Everton Ribeiro encontrou um raro espaço entre os zagueiros tricolores e enfiou para Ricardo Goulart, que tabelou com Willian, bateu cruzado e exigiu grande defesa de Denis. No rebote, com o gol escancarado, o ex-corintiano conseguiu fazer o improvável: acertar a trave.
Mesmo com força quase máxima, a Raposa não conseguiu se impor na primeira metade. Se Nilton deu trabalho a Denis em uma cabeçada, Ademilson assustou a torcida da casa com um chute rasteiro da entrada da área. Se o goleiro são-paulino precisou praticar defesa ainda melhor em testada de Ricardo Goulart, Fábio teve dificuldades para espalmar o chute forte de Ganso.
Os mandantes tiveram dez minutos de domínio no início da etapa complementar, mas o Tricolor, já com um 3-5-2 mais bem definido, se segurou. Aos 20, Muricy sacou Aloísio, em má jornada, e colocou Welliton, enquanto Marcelo Oliveira respondeu atendendo aos pedidos da torcida por Dagoberto. Ricardo Goulart saiu.
A vitória começou a se construir de fato aos 30 minutos. Com uma troca de passes que faria inveja ao líder, a bola chegou a Ademilson, que fez bom pivô e rolou com açúcar para Douglas, totalmente desmarcado, encher o pé e balanças as redes. Aos 34, o atordoado Cruzeiro não conseguiu afastar a bola que Ganso chutou na barreira em cobrança de falta. Ela sobrou para Welliton, pela direita, e ele cruzou para Reinaldo marcar de cabeça, definindo a vitória.