O São Paulo espera apenas a situação de Wesley se definir no Palmeiras para anunciar a contratação do jogador para a próxima temporada. A novidade é que o volante pode chegar já no início de 2015 caso ele seja dispensado pelo rival alviverde, o que pode acontecer até o fim da semana.
A reportagem revelou que o acordo entre as partes está costurado desde setembro, mas o time tricolor nunca assumiu a negociação publicamente. Como a relação com o rival piorou muito após a transferência de Alan Kardec, o São Paulo nunca quis admitir as conversas com o jogador e coube ao vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro a função de debelar o que eram tratadas como "especulações".
Acontece que Wesley não é desejo de Ataíde, mas do presidente Carlos Miguel Aidar, que desde a época em que era candidato falava informalmente no desejo de tirar o volante do Palmeiras. A briga com Paulo Nobre, presidente do alviverde, tornou a questão pessoal e desde então dificilmente deixa passar qualquer chance para estocar o desafeto. Tirar mais um jogador dá a impressão de uma superioridade sobre o rival. O vice não tratou das conversas, que passaram pelo presidente e pelo gerente de futebol, Gustavo Vieira.
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Os empresários do jogador não confirmam o acerto e prometem uma conversa com o Palmeiras, que não pretende contar com ele. "Recebemos diversas consultas, mas nossa prioridade é primeiro conversar com o Palmeiras, resolver essa situação dele e depois vemos os próximos passos", despistou Antônio Bahia, um dos empresários de Wesley.
A saída do volante será muito menos traumática do que a de Kardec, já que ele vinha em má fase e era um dos alvos preferenciais das vaias da torcida nos últimos jogos. Contratado por R$ 21 milhões no sistema de crowdfunding (financiamento coletivo) em 2012, ele nunca conseguiu repetir as boas performances da época do Santos.
O São Paulo inclusive já pediu informações do comportamento do jogador a Kardec e ouviu boas referências. O atacante disse que Wesley não deve ter problemas de adaptação no grupo. Uma das preocupações era com a fama de desagregador e "paneleiro" que vinha do Palmeiras. As críticas não procedem, segundo seu ex-companheiro.