O São Paulo tomou uma decisão importante na gestão de seu futebol: não pretende pagar salários maiores do que R$ 300 mil por mês. É um teto salarial de respeito para os padrões do futebol brasileiro, mas ainda abaixo do que pedem alguns jogadores mais badalados. A decisão é do vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro, com o aval do presidente Carlos Miguel Aidar.
Ataíde garantiu que este será o valor mais alto dos novos salários do futebol do clube. "Temos um limite de R$ 300 mil. Só três jogadores superam isso atualmente no São Paulo: Alexandre Pato, Luis Fabiano e Rogério Ceni. Ninguém vai receber mais do que isso de agora em diante. Todos esses que estão falando de reforços ganham R$ 400 mil, R$ 500 mil por mês. Não vou trazer nenhum deles por isso", disse o cartola em entrevista para a Rádio Transamérica.
O teto salarial impediu o São Paulo de contratar jogadores solicitados pelo técnico Muricy Ramalho, como Cleiton Xavier, do Metalist, da Ucrânia. "O Cleiton está fora dos planos. O fato de o Muricy elogiar, como elogiou o Edu Dracena, não muda nada. Chamei e disse que não traria. Nosso time já superou a média de idade. Se é para trazer um veterano, trago o Lugano, que todo mundo adora aqui. Mas se trouxer o Lugano, a torcida acaba comigo se ele ficar no banco e eu acabo com o Toloi e o Lucão. O Cleiton é excelente, mas o salário e o contrato impedem a negociação."
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O novo caminho do São Paulo é uma tendência do futebol brasileiro nesse momento, em que os clubes estão sem dinheiro e com altas dívidas. O Santos, por exemplo, deve salários a seus jogadores. O Botafogo também. Embora R$ 300 mil seja o teto, o clube do Morumbi pretende pagar vencimentos menores. O teto seria usado somente para medalhões.
O dirigente também contou que a diretoria de futebol tem o dever de revelar até quatro jogadores das bases e, por isso, vai restringir a negociação com atletas mais experientes, com mais de 30 anos.