A diretoria do São Paulo tinha convicção de que iria anunciar na sexta-feira o nome de seu novo treinador, mas Dunga recusou o convite feito pelo clube. O ex-técnico da seleção brasileira respondeu que pretende voltar ao futebol em dois ou três meses, mas que sua primeira opção é trabalhar fora do Brasil.
O convite foi confirmado pelo empresário do treinador, o italiano Antonio Caliendo. Ele disse que Dunga até tinha interesse em dirigir o São Paulo, mas preferiu não abrir negociação porque conversa com clubes europeus.
Agora, o São Paulo continua a busca por um técnico para substituir Paulo César Carpegiani, demitido na semana passada. Não está fácil. Os nomes disponíveis no mercado não agradam muito. E os empregados têm multas rescisórias altas.
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O presidente do clube, Juvenal Juvêncio, até admite gastar para contratar um treinador, mas aí encontra resistência de Paulo Autuori e Dorival Júnior, os primeiros da lista, que não querem quebrar seus contratos com Al-Rayyan, do Catar, e Atlético-MG, respectivamente.
"O Paulo (Autuori) não costuma romper seus contratos. É uma posição pessoal dele", disse o técnico interino Milton Cruz, que conversou com o treinador do Al-Rayyan pelo telefone. "Ele está muito bem lá."
O pior é que, com o passar dos dias, o São Paulo pode perder até os técnicos que estão livres no mercado. Com interesse em voltar ao Morumbi, Cuca, desempregado desde que foi demitido pelo Cruzeiro, sabe que o seu nome está sendo comentado no clube, mas fixou um prazo para esperar o contato dos são-paulinos. Se não houver contato até segunda-feira, ele vai aceitar a proposta de um time dos Emirados Árabes Unidos.
O problema é que Cuca sofre rejeição no clube. Apesar de Juvenal Juvêncio ser fã do treinador, o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes, que trata da contratação ao lado do presidente e do diretor de futebol Adalberto Batista, vê Cuca despreparado psicologicamente para comandar a equipe.
João Paulo de Jesus Lopes defende a contratação de um treinador estrangeiro e sugeriu o uruguaio Diego Aguirre, vice-campeão da Libertadores pelo Peñarol, do Uruguai. Juvenal Juvêncio é contra, pois acha que ele necessitaria de um tempo para se adaptar ao futebol brasileiro. Celso Roth e Adílson Batista são outros nomes comentados, mas não têm 100% de aprovação.