A decisão anunciada por Neymar de deixar de ser o capitão da seleção brasileira pode não ser definitiva. Nesta segunda-feira, após convocar a equipe para os jogos contra Equador e Colômbia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, o técnico Tite revelou que teve uma conversa breve e inicial com o jogador do Barcelona e pediu calma ao atacante, também destacando que existem várias formas de liderança.
"Estava cumprimentando os jogadores, aí dei um abraço no Neymar, e ele disse que não quer mais ser o capitão. Eu disse: 'Curte com sua família e comemora, deixa isso para pensarmos depois'. A liderança tem aspectos técnicos e ele é um líder técnico. Também exista a liderança da comunicação, são diversas facetas dessa função", disse Tite, avaliando que o momento de festa pelo ouro olímpico não era o ideal para se conversar sobre o tema.
No último sábado, após a seleção brasileira conquistar a medalha de ouro nos Jogos do Rio, Neymar deu declarações dizendo que estava abrindo mão de ser o capitão do Brasil, após ser alvo de vários questionamentos sobre o seu comportamento dentro de campo.
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Neymar foi apontado como capitão da seleção brasileira após Dunga assumir o comando da equipe depois do fracasso na Copa do Mundo de 2014. E o técnico da seleção olímpica, Rogério Micale, também deu a braçadeira ao atacante do Barcelona para o Rio-2016.
Tite evitou comentar quem será o capitão da seleção brasileira nos seus primeiros compromissos à frente do Brasil, mas indicou que além de Neymar, o lateral-direito Daniel Alves e o zagueiro Miranda são os outros candidatos a utilizar a braçadeira diante de Equador e Colômbia.
"Não vou dar uma resposta categórica. A tendência é que seja o Miranda, que foi o último, o Daniel Alves ou o Neymar, que estava sendo. A gente divide a alegria e também tem que dividir a responsabilidade", afirmou o novo treinador da seleção brasileira em entrevista coletiva após anunciar a convocação.