O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta terça-feira estar preocupado com as obras dos estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo de 2014 e mostrou ceticismo em relação ao preparo das arenas para a Copa das Confederações, que será realizada no ano que vem.
Em visita ao Mineirão, em Belo Horizonte, Valcke declarou, recusando-se a citar diretamente alguma cidade, que "poucos estádios estarão prontos no prazo". "Não temos seis estádios", repetiu o dirigente, que realiza mais uma das etapas de inspeção aos estádios e cidades-sedes da Copa do Mundo.
Valcke não citou diretamente o estádio que lhe preocupa para a Copa das Confederações no próximo ano, mas se sabe que Recife é a sede que aflige a entidade e que pode ficar fora da Copa das Confederações, em razão do atrasos na obra de construção da Arena Pernambuco.
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Além de Recife, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Rio foram escolhidas para sediar a Copa das Confederações. Com o problema dos atrasos, porém, a Fifa postergou para novembro uma definição sobre as sedes e preparou tabelas com a possibilidade de realizar o torneio preparatório da Copa do Mundo em apenas quatro ou cinco cidades. A competição será disputada entre os dias 15 e 30 de junho de 2013.
Ministro do Esporte, Aldo Rebelo tentou contemporizar as críticas feitas por Valcke. "Claro que neste momento, nenhum estádio está pronto para a Copa das Confederações, mas estamos não podemos adiantar qualquer definição, temos prazos para os estádios ficarem prontos e este será o momento de definir", disse.
Aldo Rebelo também rebateu declarações do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) sobre a preparação do Brasil. Na avaliação de Paes, para a Copa do Mundo, o governo federal não montou a tempo uma estrutura - em instalações, aeroportos, transportes - para beneficiar a população após a competição.
Para ele, Eduardo Paes "falou o que não devia sobre o que não sabia". "O prefeito do Rio de Janeiro está desinformado sobre a Copa do Mundo no Rio de Janeiro e mais desinformado sobre a Copa no resto do Brasil. Ele não poderia falar de outras prefeituras. Ele falou sem conhecimento de causa", disse o ministro.