De volta à elite do futebol brasileiro após passar a temporada 2014 na Série B, o Vasco já começa a assustar mais uma vez o seu torcedor. Mesmo jogando em São Januário, pela 5ª rodada do Brasileirão, o time carioca foi surpreendido pela Ponte Preta e foi derrotado por 3 a 0, na noite desta quarta-feira. Com isso, o time segue sem vencer na competição, mantém-se com um dos piores ataques, com apenas um gol marcado, e permanece na zona de rebaixamento.
Foi uma noite em que tudo deu errado para o time carioca. Ainda no primeiro tempo, a equipe do técnico Doriva levou dois gols, teve seu goleiro - Jordi, que já era o reserva - expulso e ainda viu o atacante Gilberto desperdiçar um pênalti - o goleiro titular Martín Silva está com a seleção do Paraguai para a disputa da Copa América.
O Vasco teve indícios de que a partida não seria das mais agradáveis logo de cara. Com menos de um minuto, Diguinho perdeu a bola no meio-campo e Biro-Biro armou contragolpe pela esquerda. Cajá recebeu pela ponta e chutou cruzado. Jordi espalmou e, no rebote, Diego Oliveira chutou para fazer 1 a 0 para a Ponte Preta.
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Com dificuldades em sair jogando, o time carioca levou pressão até os 10 minutos. A partir daí, ganhou em velocidade pelos lados, principalmente com investidas de Madson e Dagoberto pelo lado direito.
Foi por lá, inclusive, que o Vasco teve a grande chance de empatar. Aos 23, Gilberto arrancou em velocidade, foi puxado por Pablo fora da área, correu alguns metros desequilibrado e caiu na área. O juiz marcou pênalti, mas o próprio Gilberto cobrou mal, rasteiro, e Marcelo Lomba defendeu com o pé.
A penalidade perdida desestabilizou o Vasco, que mesmo com mais posse de bola e mais chutes a gol passou a errar demais e a ceder contragolpes generosos à Ponte Preta. Como o que aconteceu aos 28. Felipe Azevedo foi lançado livre e Jordi saiu atabalhoado da área para tentar o corte. O goleiro acabou derrubando o atacante da Ponte Preta e acabou expulso.
Para piorar ainda mais o suplício carioca, aos 38 o zagueiro Tiago Alves aproveitou desviou de cabeça na área após cobrança de escanteio e, num peixinho, ampliou o placar para a Ponte.
No segundo tempo, Doriva resolveu fazer mudanças. Sacou Diguinho e Dagoberto e colocou Jackson Caucaia e Yago ainda na saída do intervalo. Com isso, queimou as três substituições, já que precisou colocar o goleiro Charles na vaga do meio Julio dos Santos ainda no primeiro tempo, quando Jordi foi expulso.
As alterações surtiram efeito num primeiro momento. O time ganhou em qualidade na saída de bola a partir do meio-campo e as jogadas ofensivas passaram a ser mais bem trabalhadas. O problema foi que, com 2 a 0 a favor e um jogador a mais em campo, a Ponte Preta tratou de administrar, protegendo-se bem na defesa e atacando apenas quando tinha espaço para contragolpes.
Além disso, aos poucos o técnico Guto Ferreira passou a mexer no time, dando novo fôlego ao ataque da equipe de Campinas, que foi crescendo em campo. Cesinha, depois Borges, entraram e o time voltou a atacar.
Foi de Borges o terceiro gol da Ponte. Aos 32, o atacante aproveitou passe da Cajá e, da entrada da área, bateu com extrema categoria e mandou no ângulo esquerdo de Charles, sepultando qualquer chance de reação vascaína. O 3 a 0 foi a senha para os menos de três mil torcedores presentes começarem a deixar o São Januário.
Mas o suplício vascaíno não terminou por aí. Aos 41, Gilberto reclamou da marcação de uma falta e tomou cartão amarelo. Insatisfeito, seguiu reclamando e foi expulso. E Heber Roberto Lopes encerrou o jogo quando o cronômetro nem bem chegara aos 45 minutos.