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De perto!

Voluntárias, londrinenses contam experiências nos bastidores da Copa

Guilherme Batista e Rafael Fantin - Redação Bonde
02 jul 2014 às 15:49

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- Arquivo Pessoal
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A Copa do Mundo em Curitiba terminou na última quinta-feira (26), com o jogo entre Argélia e Rússia, e entrou para história não só da capital paranaense como de quem teve a oportunidade de acompanhar de perto as quatro partidas disputadas na Arena da Baixada.

Caso dos cerca de três mil voluntários recrutados pela Fifa, entre eles duas londrinenses. Enquanto os craques corriam atrás da vitória dentro de campo, os voluntários trabalharam nos bastidores dos estádios para garantir a festa das torcidas estrangeiras no maior evento do futebol mundial.

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Formada em Educação Física, a londrinense Elaine Aquino Cezar viveu o clima da Copa do Mundo durante 11 dias em Curitiba. Desde o final de 2012, quando realizou a inscrição no site da Fifa, ela participou das etapas de seleção da entidade para escolha dos colaboradores.

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Elaine foi selecionada para atuar na área de marketing e concessões durante a Copa em Curitiba. "O setor cuidava da exposição das marcas e também era responsável por comunicar as empresas para o fornecimento de alimentos e manutenção das lanchonetes na praça de alimentação", resumiu.

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No entanto, a maior surpresa durante os jogos ocorreu fora da área de atuação, quando foi convidada para substituir um adolescente na entrada em campo com a bandeira da Fifa no jogo entre Irã e Nigéria. "Experimentei o uniforme que estava reservado para o adolescente e ficou bom. Comecei a ensaiar a entrada no gramado cerca de três horas antes do jogo. Foi tudo no improviso, mas deu tudo certo. Foi emocionante olhar o estádio lotado durante os hinos nacionais".


Os voluntários da Copa possuem passe livre no transporte coletivo, alimentação nos dias de trabalho e um espaço com serviços oferecidos aos colaboradores. A chegada até a cidade-sede, hospedagem e outros gastos nos dias de folga são de responsabilidade do voluntário.

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Após a experiência, Elaine faz planos para estar também nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. "Fui voluntária no Mundial de Rugby em fevereiro e participei da Copa do Mundo. Agora, quero ser voluntária nas Olimpíadas e trabalhar na Paraolimpíadas. Além de participar dos eventos, os certificados são importantes para meu currículo profissional."


Centro de Mídia

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Estudante de Jornalismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Isabela Secco se inscreveu para ser voluntária com o objetivo de conhecer as entranhas jornalísticas de um grande evento esportivo. "Uma amiga já formada, voluntária durante a Copa das Confederações, me motivou a ir atrás da inscrição. Vi na Copa do Mundo a oportunidade de ter uma experiência única, que vai me ajudar a alavancar a minha carreira quando eu me formar".


Isabela foi para Curitiba no dia 8 de junho e começou a trabalhar dois dias depois na recepção dos jornalistas estrangeiros, ao lado de outras 61 pessoas no Centro de Mídia.

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A estudante acompanhou as coletivas de imprensa e o trabalho dos jornalistas no campo. Ela também ajudou a 'proteger' os jogadores dos fotógrafos mais abusados e controlou o tumulto da chamada zona mista, local onde os profissionais da imprensa podem abordar os atletas para entrevistas após o término das partidas. "Eu achei que iria só entregar panfletos para os jornalistas e acabei organizando coletivas. Os nossos coordenadores nos deram toda a autonomia necessária e isso foi muito importante".


Isabela garantiu que o contato com os profissionais estrangeiros foi muito positivo. "A grande maioria nos tratou muito bem. Eles gostaram muito do nosso trabalho, tanto é que no último dia um jornalista argelino levantou de onde estava sentado no Centro de Mídia e fez um agradecimento público aos voluntários".

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Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal


A interação com profissionais também teve alguns 'espinhos' principalmente com jornalistas espanhóis. "Eram grossos. Uma menina chegou a chorar após levar uma bronca de um deles", explicou. Os profissionais iranianos também foram "pedra no sapato" dos voluntários. "Eles não conversavam com as mulheres. A gente ficava sem saber o que fazer e precisava pedir socorro aos coordenadores".


Apesar de muito válida, a experiência única custou caro a Isabela. Os pais da estudante precisaram bancar a ida até Curitiba e a estadia em um hotel. "Fiquei 20 dias. Os primeiros dez eu consegui dividir o quarto com outra voluntária, mas os outros dez tive que bancar sozinha. Eles poderiam ter fechado um ginásio ou uma escola para a gente ficar".

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A estudante voltou para Londrina no último dia 27. Ela admitiu que, quando foi para a Copa, não gostava muito de futebol. "Agora sou apaixonada. Conseguir perceber que a partida é movida não só pelo esporte, mas também pela política, pela economia. Mudei a minha forma de ver o jogo", concluiu.


Voluntários
Quase 200 mil pessoas se inscreveram para ajudar a realizar a Copa do Mundo no Brasil, mais que o dobro se o número for comparado às inscrições de voluntários para a Copa da África do Sul (70 mil) e quatro vezes mais que o número registrado durante o torneio realizado na Alemanha (45 mil).

Dos cerca de 200 mil inscritos, a Fifa selecionou 35 mil voluntários. O número foi dividido entre as cidades-sede. Cada uma delas recebeu cerca de três mil voluntários.


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