A derrota para a Austrália nesta quarta-feira abalou profundamente a seleção brasileira feminina de basquete. Após o terceiro resultado negativo na Olimpíada de Londres, as atletas estamparam no rosto o sentimento de frustração. Até mesmo as jogadoras mais experientes, como Adrianinha, deixaram a quadra aos prantos. Érika, que sempre toma a frente, preferiu o silêncio. Quem tentava dizer algo, esbarrava nas lágrimas. Foi difícil explicar o que se passa com a seleção.
"Ninguém sabe o que a gente passa. A gente treina bastante e estamos orgulhosas de estar aqui representando a seleção", afirmou Adrianinha, inconsolável. "Mas, na hora de definir, a gente não consegue. Tiveram uma preparação muito boa. Não sei o que está acontecendo".
Mesmo com o sentimento generalizado de decepção, o técnico Tarallo buscou minimizar a frustração e apontou que a seleção evoluiu. O Brasil ficou praticamente toda a partida atrás do placar, mas melhorou no último quarto e diminuiu a vantagem para 67 a 61.
"Apesar da derrota, o grupo está crescendo e lutando sempre", avaliou o treinador. "Mesmo vindo de derrota, a gente tem se preparado para o jogo seguinte com atenção e dedicação. Agora é hora de levantar a cabeça de novo".
Em discurso semelhante ao do técnico, Joyce aprovou a atuação brasileira e afirmou que o confronto foi resolvido nas minúcias. "A gente merecia ganhar, lutamos até o fim", opinou. "São detalhes que faltam para vitória".
Principal jogadora da partida, com 22 pontos anotados, Karla afirmou que o Brasil precisa esquecer o resultado para se concentrar no Canadá. O Brasil precisa vencer a partida de sexta-feira para ainda brigar pela classificação. "O grupo está dando 100% e não veio aqui para lutar pela quarta vaga. A gente queria a primeira vaga. Mas, como a situação é essa, vamos para cima do Canadá".