A equipe de Bahamas surpreendeu os Estados Unidos e faturou a medalha de ouro na final do revezamento 4x400 metros, nesta sexta-feira, nos Jogos de Londres. O bronze ficou com Trinidad e Tobago, na prova marcada pela participação de Oscar Pistorius no time da África do Sul.
Bahamas levou o ouro ao marcar o tempo de 2min56s72, após uma grande arrancada de Ramon Miller, que superou Angelo Taylor no último trecho do revezamento. Os norte-americanos cruzaram a linha de chegada em 2min57s05, enquanto os trinitinos registraram 2min59s40.
Já a equipe sul-africana decepcionou ao ficar em último lugar - só ficou à frente de Cuba, que não completou a prova. Os africanos contaram com a participação de Pistorius, biamputado que utiliza duas próteses de fibras de carbono em substituição às pernas. Ele recebeu o bastão em último e pouco pôde fazer para reagir no trecho final do revezamento.
Apesar de ficar fora do pódio, Pistorius pôde comemorar a chance de participar de uma competição correndo na mesma raia que os adversários pela primeira vez na carreira. Sua participação na prova desta sexta havia sido questionada porque alegava-se que suas próteses ofereciam risco de segurança aos rivais a partir dos 500 metros de prova, quando os atletas correm na mesma raia. Além disso, reclamava-se que ele tem desempenho melhor que os demais em largada lançada, por conta da impulsão das próteses.
No Mundial de Daegu, no ano passado, Pistorius só foi autorizado a iniciar o revezamento, uma vez que na primeira parte da prova cada atleta corre em uma raia. Só há pouco mais de uma semana é que a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) mudou de ideia e disse que ele poderia competir em qualquer posição do revezamento na Olimpíada.
Não foram os únicos obstáculos superados pelo sul-africano nestes Jogos de Londres. Depois da polêmica sobre sua posição no revezamento, ele e a equipe precisaram entrar com um protesto, aceito pela organização dos Jogos, para entrar na final da prova, depois de serem eliminados na primeira rodada.
Os sul-africanos alegaram que um corredor queniano bloqueou a passagem de um integrante da sua equipe nas eliminatórias. O choque impediu que Pistorius pudesse fazer seu percurso. Assim, as duas equipes foram permitidas na final, que contou com nove raias, ao invés de apenas oito, como geralmente acontece nas finais.