Criticado por Adriana Araújo nesta quarta-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro José da Silva, procurou minimizar os ataques da pugilista. Ele opinou que os comentários tiveram fundo político e ponderou que o mais importante é a conquista de Adriana.
Após ficar com o bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, a pugilista brasileira afirmou que a medalha servia para "calar a boca do presidente da Confederação". Indignava-se, entre outras razões, por ser impedida de treinar com seu técnico Luis Dórea, um dos principais nomes da modalidade. Mas, buscando encerrar o assunto, Silva afirmou que o comentário visa as eleições de janeiro da entidade.
"Isso são interesses políticos, teremos eleições em janeiro na Confederação. Mas nada vai tirar o brilho da conquista da medalha dela", afirmou o presidente da Confederação, que está em Londres acompanhando a delegação. Com certo tom de ironia, entretanto, fez uma ressalva: "Como ela poderia estar aqui, se eu não acreditava nela?".
Mas as críticas de Adriana ganharam o coro de Luis Dórea, que está no Brasil e disse, por telefone, que o presidente "caiu de paraquedas" na Confederação. Acusou-o ainda de errar na convocação ao deixar Pedro Lima, campeão do Pan-Americano de 2007, de fora da Olimpíada.
Lima está na segunda colocação do ranking brasileiro do peso médio (até 75kg) atrás de Esquiva Falcão, que já garantiu o bronze olímpico ao avançar à semifinal. Por uma vaga na decisão, ele encara o britânico Anthony Ogogo na sexta-feira.