Emanuel participou em Londres de sua quinta Olimpíada, mas não descarta participar mais de uma edição dos Jogos, em 2016, no Rio de Janeiro, quando teria 43 anos. Após a derrota na decisão diante dos alemães Brink e Reckermann, nesta quinta-feira, o "atleta do século" - nomeação concedida pela Federação Internacional de Vôlei - deixou em aberto a possibilidade de prolongar sua carreira nas praias, que já dura mais de duas décadas.
"Eu gosto muito de olimpíadas, é um prazer representar meu país, mas não sei o que vai acontecer. Por enquanto, vou curtir muito essa medalha (de prata) com o Alison, porque foi produzida com muito trabalho", disse Emanuel, em entrevista ao SporTV, logo após a cerimônia de premiação na Arena Horse Parade.
Com a derrota diante dos alemães, Emanuel perdeu a oportunidade de entrar para a seleta lista de brasileiros bicampeões olímpicos, que conta com Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), Robert Scheidt (vela), Torben Grael (vela), Marcelo Ferreira (vela), Giovane (vôlei) e Maurício (vôlei). "Não esperávamos a prata e lutamos até o fim pelo ouro, fomos guerreiros. Mas numa final como essa qualquer resultado vale", afirmou.
Alison e Emanuel tiveram duas chances de fechar o primeiro set, mas tomaram a virada e perderam por 23 a 21. Ganharam facilmente a segunda parcial e chegaram a evitar quatro match points no tie-break, mas não conseguiram evitar a derrota. Ainda assim, os dois não exibiram abatimento no pódio: brincaram com a torcida e sorriram para os fotógrafos. "O trabalho foi bem feito, isso foi mais um importante", disse Alison.