A seleção brasileira masculina de basquete não teve trabalho para atropelar a China por 98 a 59, neste sábado, pela quarta rodada da fase de grupos da Olimpíada de Londres. Apesar de quase atingir a marca dos 100 pontos pela primeira vez, os jogadores foram unânimes ao avaliar que a tranquila vitória foi fruto não de um ataque imponente, mas sim de uma forte defesa.
"Jogamos com uma marcação forte no início, e no segundo tempo atuamos soltos, a tranquilidade era maior por causa da diferença criada no começo", declarou o armador Marcelinho Huertas à SporTV. "O placar foi elástico porque fizemos o jogo ficar fácil. Tivemos uma pegada forte desde o início", concordou o ala/pivô Anderson Varejão.
Diferentemente das outras três partidas disputadas até o momento - vitórias sobre Austrália e Grã-Bretanha e derrota para Rússia - a seleção brasileira não teve grandes oscilações ao longo da partida, o que fez com que a superioridade técnica em relação aos chineses ficasse ainda mais evidente. Isto prova que a equipe está evoluindo dentro da competição, como já previam alguns jogadores.
"Vínhamos de uma partida contra uma potência, e hoje (sábado) enfrentamos um time que engrossou para outras equipes. Mas que sabíamos que, com nosso basquete, poderíamos passar por eles", disse Huertas. "O porcentual de arremesso está melhorando, o rebote também. Estamos mais soltos e com mais confiança. Isso é fundamental. Agora é continuar melhorando", completou Guilherme Giovannoni.
Com o resultado elástico, o técnico Rubén Magnano aproveitou para fazer alguns testes e descansar as principais peças da equipe. "Foi importante porque deu para rodar bastante", disse Varejão. No final da partida, Caio Torres e Raulzinho tiveram tempo para mostrar trabalho e o armador comemorou a oportunidade. "Tenho que aproveitar cada minuto na quadra e acho que fiz isso bem. É um sonho que estou realizando, uma felicidade imensa", disse Raulzinho.
Nesta segunda-feira, o time brasileiro volta à quadra para enfrentar a Espanha, uma das favoritas a medalha nesta Olimpíada. Os jogadores já sabem da dificuldade que enfrentarão, principalmente com os altos pivôs do adversário: os irmãos Marc e Pau Gasol e o congolês naturalizado Serge Ibaka. "Vai ser difícil, conhecemos bem eles. Os irmãos Gasol e o Ibaka são muito fortes. Agora vamos analisar a equipe deles para fazer uma boa partida", analisou Alex.