Em jogo emocionante, definido por uma cesta de três a quatro segundos do fim, a seleção brasileira masculina de basquete perdeu por 75 a 74 para a Rússia, nesta quinta-feira, pela terceira rodada da Olimpíada de Londres. O resultado foi definido pelo ala Fridzon, que se livrou da marcação de Leandrinho e virou uma partida quase perdida para a equipe europeia.
O Brasil viu o fim de sua invencibilidade nos Jogos, mas ainda terá duas partidas para se garantir entre os quatro primeiros colocados do Grupo B e avançar às quartas de final: China, neste sábado, às 12h45 (de Brasília), e Espanha, na segunda-feira. Já a Rússia manteve o aproveitamento de 100% na competição, com três triunfos em três jogos, e praticamente selou sua passagem à próxima fase.
Ao contrário do que aconteceu na última terça-feira, quando anotou apenas quatro pontos no primeiro período contra a Grã-Bretanha, o time comandado por Rubén Magnano começou bem diante da Rússia, com defesa agressiva e bom índice no chute de três pontos. Alex, Leandrinho e Marquinhos converteram um arremesso cada e o Brasil abriu 19 a 15 no placar.
Mas, como já havia demonstrado nos outros jogos, a equipe não conseguiu manter o ritmo intenso e voltou desconcentrada para o segundo quarto. A Rússia marcou mais que o dobro de pontos que os brasileiros e foi para o intervalo com vantagem 40 a 32. O time de Magnano repetiu os costumeiros erros em jogadas de contra-ataque, e a defesa, antes bem postada, começou a perder rebotes. Além disso, o ala Kirilenko encontrou espaço para desequilibrar com 14 pontos nesse período.
As falhas do ataque brasileiro continuaram a todo vapor no terceiro quarto. Leandrinho tomou um toco numa bandeja fácil. Alex escorregou ao fazer uma infiltração e deu a bola de graça aos adversários. A Rússia, mais atenta e com a mão calibrada, chegou a abrir facilmente 11 pontos de frente. O Brasil reagiu e chegou a descontar a diferença para quatro, mas os russos foram para o último período com 59 a 53.
O quarto final foi marcado pela recuperação brasileira, principalmente por conta de Larry Taylor. O baixinho de 1,88m conseguiu diversas jogadas de infiltração e ajudou a equipe a não só virar a partida, como também a abrir cinco pontos de vantagem. Mas os russos contaram com uma cesta de três do armador Shved para empatar em 72 a 72, a 26 segundos do fim. Marcelinho Huertas pôs o Brasil novamente na frente com uma jogada individual a 6,1 segundos, mas Fridzon superou a marcação de Leandrinho e converteu o chute de três que definiu o jogo.