O brasileiro Robert Scheidt admitiu neste domingo que ficou decepcionado por ter conquistado apenas a medalha de bronze na disputa da classe Star da vela na Olimpíada de Londres. Em parceria com Bruno Prada, ele chegou para a regata decisiva na vice-liderança, mas terminou a disputa na terceira colocação, atrás dos suecos Fredrik Loof e Max Salminen, que foram os campeões olímpicos, e dos britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, que ficaram na segunda posição.
"É um dia de emoções diversas. Fico feliz pela conquista da medalha, mas com gosto amargo de ter perdido uma posição. A dupla sueca foi muito bem, tivemos algumas oportunidades, mas não soubemos aproveitar. As posições mudaram muito rápido nessa regata, tanto que os ingleses perderam a liderança", disse Scheidt em entrevista ao SporTV.
A medalha faz Scheidt empatar com Torben Grael como maior medalhista olímpico da história do Brasil, com cinco pódios para cada um. Scheidt leva vantagem por ter duas de ouro, duas de prata e uma de bronze, enquanto Torben soma dois ouros, mas uma prata e dois bronzes.
Assim, apesar da decepção, Scheidt revelou orgulho pela marca alcançada. "É uma honra muito grande. Pensar em cinco olimpíadas, o tempo que isso leva. Ganhar medalhas em todas é muito difícil", disse Scheidt, que descartou a possibilidade de se aposentar. "Vou continuar, estou longe de parar, quero mais uma Olimpíada", disse.
Com o desejo de participar dos Jogos do Rio, em 2016, Scheidt espera que a decisão de retirar a classe Star do programa olímpico seja revista. "Seria muito bom ter a Star no Rio. Agora é torcer para que isso seja modificado", comentou.
Ainda pensando na regata deste domingo, Scheidt admitiu não ter adotado a estratégia certa, o que o levou a terminar na disputa na sétima colocação e a perder uma posição na classificação geral. "A gente tinha uma previsão de mais vento pela esquerda. A nossa tática foi essa, acreditei mais nisso. O sueco largou mal, foi pelo lado direito, pegou mais vento e ficou em situação confortável porque abriu do bolo. A gente ficou embolado. Ficamos para trás e foi difícil recuperar. Tivemos chances, mas não deu. Quando acaba é fácil analisar os erros, difícil é fazer a previsão correta", analisou.