Depois de enfrentar o bloqueio alto e a potência dos ataques russos, a seleção brasileira feminina de vôlei terá de se ajustar a outro estilo de jogo na semifinal da Olimpíada de Londres. Nesta quinta-feira, às 15h30 (de Brasília), o que vai contar é a paciência para virar as bolas e superar a forte defesa, marca registrada do Japão.
"É um time completamente diferente da Rússia. Elas defendem muito e precisamos ter paciência", avisa a oposto Sheilla, principal pontuadora do Brasil no jogo das quartas de final, com 27 acertos.
A seleção perdeu o último confronto oficial que disputou contra as japonesas, em novembro do ano passado, pela Copa do Mundo, por 3 a 0. E a equipe já teve uma experiência desagradável contra asiáticos em Londres. Em sua pior apresentação na Olimpíada, perdeu por 3 a 0 para a Coreia do Sul, pela terceira rodada. "Não lembro que horas eu consegui dormir naquele dia", admite a líbero Fabi.
A derrota para as coreanas, ao menos, ligou o sinal de alerta do time brasileiro, que na sequência fechou a primeira fase com triunfos sobre a China e a Sérvia. "O time teve caráter nos momentos mais difíceis", elogia Guimarães.
Para a central Fabiana, capitã do time, de nada valerá a épica vitória sobre a russa nas quartas se não vier o triunfo diante das japonesas. "As críticas mexeram com o time, com certeza. Mas temos de saber carregar o peso de ser campeã olímpica."
O Japão vem de vitória sobre a China, também no tie-break, pelas quartas de final. Na primeira fase, ficou em terceiro lugar do Grupo A, com três vitórias e duas derrotas.