De volta à disputa dos Jogos Olímpicos depois de 16 anos, a seleção brasileira masculina de basquete terá nesta quarta-feira a possibilidade de fazer história novamente. Os comandados do técnico Rubén Magnano enfrentarão a Argentina por uma vaga nas semifinais, o que colocaria a equipe definitivamente na briga por uma medalha olímpica, que não vem desde 1964, quando o País foi bronze.
Para vencer os argentinos e alcançar as semifinais, o Brasil precisará de muita atenção na defesa, de acordo com o ala/pivô Anderson Varejão. "Precisamos entrar muito concentrados, muito focados, marcar forte e não dar espaços na defesa. Eles têm um time equilibrado, experiente e com bons chutadores. Variam bastante as jogadas no ataque, por isso nossa defesa precisa funcionar, como vem funcionando. Temos que jogar forte atrás e usar a inteligência no ataque", declarou.
Varejão, aliás, é um dos principais especialistas do Brasil na defesa. Com média de 7,4 rebotes nesta Olimpíada, ele será fundamental na marcação de uma das principais armas da Argentina, Luís Scola, cestinha da equipe com média de 20,2 pontos. E o brasileiro disse estar pronto para a partida. "São seleções que se conhecem bem, os jogadores se conhecem e se respeitam. A vitória numa partida assim vem nos detalhes", comentou.
A rivalidade entre Brasil e Argentina no basquete masculino cresceu nos últimos anos, com a ascensão brasileira no esporte. Depois de dolorosas derrotas para os argentinos nas semifinais do Pré-Olímpico das Américas de 2007, quando perdeu a chance de ir a Pequim, e nas oitavas de final do Mundial de 2010, a seleção venceu os maiores rivais na segunda fase do Pré-Olímpico do ano passado, em plena Mar de Plata. Na decisão, com ambas as equipes já garantidas em Londres, os donos da casa voltaram a vencer.
"É um jogo igual, entre duas seleções de altíssimo nível, com jogadores experientes, que se conhecem bastante, mas com um clima diferente, por toda a tradição, por toda a rivalidade e tudo o que cerca uma partida entre brasileiros e argentinos. Ainda mais nesse momento da competição, é uma decisão, um confronto eliminatório e que vale a chance de disputar uma medalha", comentou o experiente ala Marcelinho Machado, de 37 anos.