A seleção brasileira feminina de vôlei teve sua melhor atuação na Olimpíada de Londres nesta quinta-feira, em que venceu o Japão por 3 sets a 0 pela semifinal. Mas a equipe do técnico José Roberto Guimarães sabe que precisará de um desempenho igual ou superior para conquistar a medalha de ouro no sábado, diante das favoritas americanas.
Brasil e Estados Unidos se enfrentaram três vezes neste ano, e as vice-campeãs olímpicas levaram a melhor em todas. As duas primeiras foram em junho, pelo Grand Prix. Num intervalo de dez dias, as americanas venceram por 3 a 1 em São Bernardo do Campo e por 3 a 2 em Ningbo, na China. O mais duelo mais recente foi disputado na semana passada, pela primeira fase da Olimpíada, e os Estados Unidos fizeram 3 a 1. Essa foi a segunda das sete vitórias da equipe em Londres - é a única invicta.
Zé Roberto diz que vai estudar o adversário nesta sexta-feira para anular seus pontos fortes e corrigir o que sua equipe fez de errado na primeira fase. "Tivemos erros de recepção no saque viagem da Logan e na marcação da Hooker na saída da rede. A Larson jogou muito tranquila. Num jogo seco, tudo pode acontecer e a gente vai brigar pelo ouro", afirmou. "Estou muito orgulhoso de onde nós saímos e do que conseguimos."
O técnico entende que, depois de um início complicado, com duas derrotas nas primeiras três rodadas, o Brasil melhorou seu rendimento e é capaz de fazer frente diante das americanas. "Naquele jogo que fizemos em São Bernardo pelo Grand Prix nós erramos muitos passes. Aqui em Londres, este fundamento melhorou muito e, se mantivermos esta postura sem precipitações, faremos um bom jogo no sábado", previu.
A levantadora Dani Lins disse que a melhora da seleção deve-se ao aspecto psicológico. As jogadoras sentiam a pressão de repetir em Londres o título conquistado em Pequim, há quatro anos. "A gente se cobrava muito por isso. Eu achava que tinha que rodar todas, que não podia errar nenhuma e tinha que bloquear tudo. Se errasse uma opção, ficava com a cabeça baixa. E acabava que não fluía. O time de 2008 não é este que esta aqui agora. Começamos a jogar mais soltas e tranquilas sabendo que o erro pode acontecer e faz parte do jogo", explicou.