Com a proximidade da Páscoa, o azeite de oliva é um dos produtos que entram em evidência no período, afinal, ele é um dos ingredientes principais para o preparo dos tradicionais pratos feitos para as celebrações desta época. Entretanto, com diversas opções disponíveis nas prateleiras, muitas vezes surgem dúvidas de como escolher o melhor azeite de oliva, até porque, o percentual de acidez é apenas um dos pontos, e talvez o menos relevante, que devem ser levados em conta neste momento.
Chania Chagas, sommelier em azeites de oliva e sócia-proprietária do Empório do Azeite, destaca os fatores a serem observados. "Na hora da escolha, o consumidor não deve atentar somente para o percentual de acidez que consta no rótulo. A acidez é um parâmetro físico-químico, o qual demonstra que todas as etapas do processo produtivo do azeite de oliva, da colheita até o seu envase, foram realizadas de maneira adequada, atendendo todos os parâmetros de qualidade. Um bom azeite de oliva sempre apresentará uma acidez baixa, porém não é somente isso que faz dele um produto de qualidade", destaca a especialista e influenciadora.
De acordo com Chania, entre os parâmetros básicos a serem observados na garrafa do azeite de oliva, estão a data do envase, os tipos de azeitonas que compõe o produto, sua origem, a cor da embalagem, se é virgem ou extravirgem e, se possível, testar seu sabor e aroma.
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Data do envase
Diferentemente dos vinhos, quanto mais novo o azeite de oliva, melhor ele é. Procure sempre consumir azeites de oliva frescos, pois isso garante a preservação de suas propriedades.
Composição e origem
Os azeites de oliva classificados como extravirgem são os que possuem maior conteúdo de polifenóis, conhecidos por seus benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios. Eles são responsáveis por contribuir com certo amargor e picância ao azeite de oliva, dependendo da variedade da azeitona com a qual o azeite de oliva foi elaborado. Como o método de produção está diretamente relacionado à qualidade, é de grande importância saber a origem e os dados do produtor.
Cor da embalagem
É fundamental optar por azeites de oliva que sejam comercializados em garrafas de vidro escuras, pois isso garante que suas propriedades estejam preservadas. O produto não tolera luz, ar e altas temperaturas, assim, o uso de embalagens apropriadas e sua conservação em ambientes frescos evitam sua oxidação.
Azeite virgem e extravirgem
Embora ambos os tipos possam ser usados para todos os preparos, o mais indicado é optar pelo azeite extravirgem em pratos crus e já prontos, como saladas, queijos e pizzas, para aproveitar o sabor e aroma que o produto oferece. Já o azeite virgem, tem melhor aproveitamento em pratos quentes, que passarão por cozimento, já que seu sabor é menos acentuado.
Ainda segundo a sommelier, é importante verificar o aroma e o sabor do produto. Apesar de um azeite de oliva ter o rótulo dizendo "extravirgem", é importante que ele não apresente defeito sensorial, característica decisiva para essa classificação. "Primeiro sinta o aroma. Azeites defeituosos terão odor a vinagre, ou notas rançosas desagradáveis. Em relação ao sabor, o mesmo deve ser herbáceo (verde) no caso de uma colheita de azeitonas mais verdes, ou frutado (doce) no caso de uma colheita mais madura. Diferentes níveis de picância e amargor também podem ser facilmente detectados em uma degustação. Um azeite de oliva extravirgem genuíno não apresenta defeitos no seu aroma e/ou sabor. Quando você provar um azeite, verifique que ele tem consistência fluida e gosto agradável de frutos frescos", destaca Chania.