Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
CPI da Covid

ANS ouve 190 pessoas para apurar irregularidades da Prevent Senior no tratamento da Covid

Folhapress
28 set 2021 às 11:01

Compartilhar notícia

- Istock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) está ouvindo 190 pessoas em dois processos para apurar irregularidades da operadora Prevent Senior no atendimento a pacientes com Covid-19. A rede enviou à agência na sexta-feira (24) informações adicionais solicitadas durante diligências na sede da empresa.


A Prevent Senior entrou na mira da CPI da Covid após um dossiê assinado por 15 médicos apontar graves falhas no atendimento.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo o documento, os hospitais da rede eram usados como laboratórios para estudos com o chamado kit Covid, conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença. De acordo com o relato, os pacientes e seus familiares não eram informados sobre esse tipo de tratamento.

Leia mais:

Imagem de destaque
Unidade de Suporte Avançado

Samu de Santo Antônio da Platina recebe ambulância do Ministério da Saúde

Imagem de destaque
Alerta

Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS

Imagem de destaque
Especialistas comentam

'Caso Panetone' reacende debate sobre contagem de calorias e terrorismo nutricional nas redes

Imagem de destaque
Não disponíveis

Nísia Trindade descumpre promessa de disponibilizar medicamentos de câncer de mama no SUS


Uma das denúncias mais graves apresentadas é a de que havia um protocolo para a alteração do chamado CID (Código Internacional de Doenças), para que a Covid-19 fosse retirada dos registros dos pacientes após uma certa quantidade de dias de internação.

Publicidade


Diante dos fatos denunciados, a ANS, que regula os serviços de planos de saúde no Brasil, abriu dois processos para investigar a operadora.


O primeiro apura eventual falha de comunicação aos pacientes sobre os riscos do uso dos medicamentos do kit covid. Segundo a agência, já foram realizadas ligações para cem pacientes identificados em documentos recolhidos na operadora como beneficiários que receberam o coquetel de remédios.

Publicidade


O segundo processo apura se houve restrição, por qualquer meio, à liberdade do exercício de atividade profissional dos médicos. Foram enviados ofícios para cinco médicos identificados em processo, para apuração de como se dá a prescrição do tratamento precoce.


Também foram enviados ofícios para outros 85 médicos que trabalham ou trabalharam no atendimento da linha de frente da Covid.

Publicidade


Em nota, a ANS afirma que os resultados da diligência, assim como a análise das informações enviadas pela operadora na sexta-feira, vão subsidiar possíveis medidas da agência contra a empresa. O órgão diz, ainda, que aguarda retorno ao ofício enviado à CPI da Covid solicitando informações que possam colaborar para as apurações.


Na última semana, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou em depoimento à CPI da Covid que a operadora adotou procedimento para alterar o código de diagnóstico dos pacientes com Covid-19. A operadora argumenta que era apenas um procedimento interno, burocrático, e que não afetaria a notificação.

Publicidade


No entanto, especialistas e integrantes da CPI sustentam que se tratava, sim, de uma forma de fraude e que isso traria impacto na quantidade de infectados e vítimas da doença, no balanço geral.


O médico Walter Correa de Souza Melo, que relatou ter sido ameaçado pelo diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, também afirmou durante a conversa telefônica entre os dois que o prontuário do óbito do médico negacionista Anthony Wong foi manipulado.

Publicidade


O objetivo da alteração, segundo Melo, seria não deixar constar a Covid-19 como causa da morte do pediatra e toxicologista, que morreu, aos 73 anos, no dia 15 de janeiro deste ano. O médico era um dos principais defensores do chamado tratamento precoce.


A Prevent divulgou em abril do ano passado um estudo sem autorização da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), afirmando que o uso combinado de hidroxicloroquina e azitromicina reduziria as 

internações em pacientes com suspeita de Covid.


No entanto, em entrevista à Folha, o presidente-executivo da Prevent, Fernando Parrillo, admitiu que esse estudo não prova que a hidroxicloroquina ajude no tratamento contra a Covid.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo