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Problema nos EUA

Reposição hormonal em homens pode elevar risco de derrame em 30%

Redação Bonde
28 abr 2014 às 15:10
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Com a idade e as mudanças, tanto físicas, quanto psicológicas, alguns homens tendem a sofrer de cansaço, mal-humor e apatia. Isso pode acontecer devido a baixa hormonal que se observa depois dos 40 anos.

Nos EUA isso vem preocupando os especialistas, não a 'disfunção' em si, mas as consequências dela: anúncios que veiculam na mídia uma nova 'doença' chamada "Baixa T".

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Uma empresa farmacêutica, inclusive, criou um site para a síndrome (isitlowt.com), onde os homens podem realizar um teste e descobrir se têm indícios da doença. Caso a maioria das respostas para as perguntas forem afirmativas, o site recomenda ao usuário que visite seu médico.

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Nos Estados Unidos é permitido o marketing de medicamentos, induzindo o telespectador a pedir a receita de determinado remédio a seu médico. Desde 2001, a prescrição de receitas de testosterona para homens acima dos 40 anos mais do que triplicou no país. Segundo a médica Lisa Schwartz, isso é preocupante. "A questão é: há realmente um problema a ser tratado?", questiona.


De acordo com especialistas, apenas 0,5% dos homens, de fato, precisam da reposição hormonal, os que têm doenças genéticas ou aqueles cujos testículos não funcionam mais de forma correta. No geral, a diminuição da concentração de testosterona é normal após os 40 anos.

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"Em qualquer momento da vida, a testosterona cai. Seja por doença ou qualquer outro motivo", afirma o médico Richard Quinton, endocrinologista da Royal Victoria Infirmary, em Newcastle, na Inglaterra. "Se você fica acordado a noite toda, no dia seguinte a sua testosterona vai cair. Até se você come demais", complementa.


A farmacêutica responsável pelo site sobre a síndrome, a Abbvie, se defende ao afirmar que sua campanha apenas visa "educar os homens sobre hipogonadismo [como é chamada a síndrome por especialistas] e incentivar o diálogo com seu médico".

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Já existem registros de pacientes que entraram na Justiça contra a Abbvie, alegando que a empresa não alerta para os riscos em questão.


Efeitos colaterais

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Apesar da resistência, muitos médicos indicam o tratamento e há pacientes que atestam a eficácia.


Bill (nome fictício) é professor aposentado e vive na Flórida. Ele conta que após os 60 anos sentiu uma enorme diferença em sua disposição. "Era como se eu corresse uma maratona todo dia", lembra. Mas, há quatro anos, ele aplica um gel de testosterona sobre os ombros que o faz sentir melhor.

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Para contestar isso, existem estudos que confirmam o malefício do tratamento. Assim como a reposição hormonal para mulheres está ligada ao risco de câncer de mama, a reposição para homens pode estar associada a riscos de derrame, infarto e morte.


Um estudo publicado no Journal of American Medical Association analisou o histórico de 8,7 mil veteranos americanos, muitos com problemas cardíacos e baixos níveis de testosterona. A conclusão foi que aqueles que haviam passado por tratamento com hormônios tiveram 30% mais chances de sofrer ataque cardíaco, derrame e morte.

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Outro estudo publicado pelo PLOS ONE verificou registros médicos de 55 mil homens que passaram por tratamento hormonal e concluiu que aqueles com mais de 65 anos tinham duas vezes mais chances de sofrer ataque cardíaco 90 dias após o início do tratamento.


Apesar dos estudos não serem tachativos, Richard Quinton defende que homens mais velhos e debilitados devem evitar o tratamento. "A testosterona não é o elixir da vida. É um ótimo tratamento para homens com verdadeira deficiência, mas não prolonga a vida para aqueles que não precisam, de fato, do hormônio".


Hugh Jones, professor da Universidade Sheffield ainda reitera que a testosterona pode ser um grande aliado dos médicos e dos homens que realmente necessitam. "Se você pegar o paciente certo e tratá-lo adequadamente, você pode mudar a vida de alguém", completa.

(Com informações da BBC Brasil)


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