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Rotatividade

Taxa de turnover acima de 5% pode comprometer saúde das empresas

Redação Bonde - Branded content
26 out 2015 às 10:03
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Demitir funcionários antigos, que ganham salários mais altos, e contratar novos, com salários menores, pode parecer uma boa medida. Afinal, nesta época de crise, qualquer economia é sempre bem-vinda. Mas os especialistas alertam que, o que parece ser uma economia, na verdade pode ser uma armadilha.

O coordenador de Gestão de Recursos Humanos do EAD da Universidade Unicesumar, Luciano Pereira, diz que "essa é uma economia burra". Ele explica que a saúde de uma empresa pode se definir pela relação entre o número de pessoas que entra e pelo número de pessoas que sai, durante um mês, em relação ao total do quadro de funcionários. "Dependendo do tipo de organização, se o turnover tiver um alto percentual, maior do que 5%, indica que algo está errado na organização".

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Dona Evanice Nonato dos Santos é um exemplo. Desempregada, depois de trabalhar por 18 anos numa empresa de construção civil, onde começou como ajudante de limpeza e chegou a azulejista, conta que não esperava enfrentar esta situação novamente. "Quando era moça, trabalhei em casa de família e fiz serviços aqui e ali, mas me acertei nessa empresa e queria me aposentar lá", explica, torcendo, entre os dedos, uma carteira de trabalhado amarrotada.

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O que tem de diferente na história desta nordestina não é o fato de estar desempregada. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado no final do mês passado, até agosto foram perdidos 572 mil postos de trabalho em todo o País. Em 12 meses, foram fechadas 985 mil vagas. Apenas no mês passado, 86.543 a menos e a previsão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é de que o Brasil pode fechar o ano com a perda de um milhão de vagas.


O que tem de diferente é que ela perdeu o emprego para o "turnover". A taxa de rotatividade de empregados no mercado brasileiro, segundo dados da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do MTE cresceu de 52% em 2013, para 64% em 2014. Na construção civil, setor onde trabalhava dona Evanice, a taxa foi ainda maior, de 115%. E a tendência, para 2015, é piorar. Por isso, empresas que precisam economizar, mas tem que manter projetos funcionando, estão usando este subterfugio e trocando funcionários mais antigos, que ganham salários mais altos, por novatos mais em conta.


Na opinião do professor Luciano Pereira, este é um exemplo de ingerência que pode comprometer a saúde da empresa. "O gestor pensa estar economizando, mas acaba gerando um custo maior, porque contratar e treinar um novo funcionário é muito caro. Já vi casos de se precisar contratar até quatro funcionários, para ter o rendimento daquele demitido". Segundo o professor, o empresário não tem, na ponta do lápis, como saber se, ao fazer esta manobra, está ganhando ou perdendo. "Demitir é sempre complicado, faz aumentar os custos e não gera economia. Selecionar, recontratar e treinar é ainda mais complexo e caro".

Além disso, ele também lembra do lado humano, que tem que ser levado em conta ao se decidir por uma demissão. "Não podemos esquecer que os chamados colaboradores, ou funcionários, são antes de tudo pessoas. Essas pessoas têm necessidades e criam vínculos dinâmicos de relacionamento com os colegas da empresa, ou mesmo com clientes e fornecedores. O empresário acha que está economizando, mas está prejudicando sua empresa. Turnover não é bom pra ninguém", completa o professor.


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