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A fisioterapia e a incontinência urinária masculina

Redação Bonde
26 out 2010 às 17:19

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- Reprodução
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O câncer de próstata é responsável por 90% dos casos da doença, que também pode surgir em decorrência de cirurgias na bexiga e de lesões causadas por radioterapia.

A incontinência urinária ou perda involuntária de urina ainda é um assunto pouco discutido na sociedade. Os homens, em sua maioria, sentem-se envergonhados e sozinhos com esse problema. Trata-se, inclusive, de um tabu social. E a população masculina representa 25% dos casos de incontinência urinária no Brasil.

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É importante ressaltar que essa condição é, muitas vezes, limitante. O homem se priva de suas atividades e se torna refém desse problema, que o abala nos aspectos físico, psicológico e social.

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Assim, a qualidade de vida, a autoconfiança e a masculinidade do homem podem ser afetadas não apenas pelo câncer, mas também por seus desdobramentos. O paciente necessita de um esclarecimento completo sobre a doença, as consequências da cirurgia, da radioterapia, bem como, ser informado sobre as possibilidades e as condições que podem ser adquiridas com o tratamento adequado.

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A fisioterapia desempenha um papel importante no processo de recuperação. Uma reeducação dos hábitos urinários e alimentares, exercícios diários integrados às atividades de vida e total comprometimento do homem ao programa de tratamento proposto são essenciais para a recuperação de condições viáveis a uma vida saudável.


Após uma avaliação detalhada e um programa fisioterapêutico estabelecido, o paciente passa por uma série de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e orientações quanto aos seus hábitos de vida e urinários. Os resultados são altamente positivos.


No Brasil, a classe médica tem percebido cada vez mais a importância da fisioterapia no tratamento. Tanto que, segundo estudo do Hospital das Clínicas da FMUSP, realizado em 2010, 96% dos pacientes que fizeram fisioterapia como tratamento pós-cirúrgico adquiriram, após 12 meses, a continência e aceleraram sua recuperação. Já em relação aos que não aderiram ao tratamento, apenas 75% voltaram a ter controle da urina.

*Marília Belmonte e Ana Carolina Agostinho são fisioterapeutas e dirigem o Centro Especializado em Fisioterapia Oncológica (CEFO), primeira clínica do gênero no Brasil – www.cefosp.com.br (com Blue Comunicação)


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