O câncer ósseo é responsável por 2% do total de tumores diagnosticados no Brasil. Na maioria dos casos, a dor persistente é o principal sintoma da doença – o que pode confundir o paciente, atrasar a procura por acompanhamento médico e dificultar o diagnóstico precoce. Por isso, as ações de conscientização e alerta para a população são tão importantes. Este mês, o Hospital Santa Cruz, de Curitiba, promove campanha de prevenção sobre esse tipo de tumor: o "Julho Amarelo".
Os ossos mais longos, como os da coxa, braços, coluna e bacia são os mais atingidos. Segundo a ortopedista do hospital, Maria Olivia Sallum Menezes, os cânceres ósseos primários são mais comuns em crianças e adolescentes. Por isso, é preciso redobrar a atenção em caso de reclamações de dor constante, com pouco alívio mesmo com uso de analgésico e anti-inflamatório.
Nesse caso, é importante procurar um serviço especializado para fazer a investigação. "Existem outras patologias que podem causar os mesmos sintomas, mas deve-se incluir nas hipóteses diagnósticas o câncer ósseo", ressalta a ortopedista. Ainda de acordo com Maria Olivia, apesar de a população jovem ser mais atingida, os adultos também devem ficar atentos aos sintomas. "Em casos secundários, com metástases, são mais comuns em adultos e idosos", completa.
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O tratamento depende muito do diagnóstico precoce. "Na década de 1970 a amputação era a cirurgia mais realizada para a maioria dos tumores ósseos. Atualmente, com a evolução dos exames de imagem, como ressonância, tomografia e cintilografia, assim como do tratamento quimioterápico e radioterápico, as cirurgias têm obtido melhores resultados na reconstrução após a ressecção do tumor, tornando melhor a qualidade de vida dos pacientes", conclui a médica.