No próximo dia 12 de maio, comemora-se o Dia Internacional do Enfermeiro, um dos profissionais mais importantes da área da saúde. De acordo com a Maria do Carmo Querido Avelar, diretora do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, "a categoria de Enfermagem representa, hoje, 60% dos trabalhadores da área da saúde, sendo que 81% desse total atuam na rede privada e 19% na rede pública".
Maria do Carmo explica que atualmente o Brasil conta com 0,9% de enfermeiros para cada mil habitantes, e meio profissional para cada médico, porém a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um enfermeiro para cada 500 pessoas.
"A maior parte dos profissionais de enfermagem está concentrada no Estado de São Paulo que possui 200 cursos de graduação na área, dos quais 29 estão na capital paulista. Hoje, a área representa o quinto maior curso no que diz respeito ao número de matrículas do país", afirma.
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De acordo com a professora, o mercado de trabalho é vasto e promissor, oferecendo excelentes oportunidades, visto que, além das instituições de saúde, o enfermeiro pode atuar em diversas áreas como home care, casas de repouso e centros de diagnóstico, por exemplo.
Homens ganham espaço
Muito se fala das profissões nas quais a mulher passou a ocupar o mesmo espaço que o homem. Mas na enfermagem o processo é ao contrário. Nos últimos anos, os profissionais do sexo masculino vêm conquistando cada vez mais espaço no setor, fato que pode se justificar pelas altas chances de empregabilidade.
"A enfermagem é uma profissão voltada ao cuidado, característica que a consolidou como uma ocupação essencialmente de mulheres. Atualmente, 87% dos enfermeiros são do sexo feminino, e 13% são homens. Porém, esse quadro está mudando. O número de alunos do sexo masculino em nossa Instituição vem crescendo, visto que as possibilidades no mercado de trabalho para eles também são excelentes", afirma Maria do Carmo.
Segundo a coordenadora, a enfermagem é a quinta área com maior empregabilidade no Brasil, com base em dados de pesquisas do Ipea (Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada).
"Além das oportunidades no mercado de trabalho, as características masculinas auxiliam na execução das atividades do setor. Os homens conseguem realizar vários plantões, trabalhar no período noturno e ainda conciliar outras atividades, como a docência, isso se dá pela resistência física que eles têm, por exemplo", afirma.
Para a diretora, o atual baixo percentual de enfermeiros não significa que os homens não são capazes de construírem carreira na enfermagem. Esse número é devido às várias razões sociais. Segundo a professora, clínicas voltadas para pacientes homens são algumas das áreas que necessitam de enfermeiros do sexo masculino.
"Existem unidades clínicas de obstetrícia que contam com profissionais masculinos, fato que também é comum entre alunos de nossa especialização. As UTIs, Prontos Socorros e os Centros Cirúrgicos são campos que exigem bastante esforço físico dos profissionais, e o enfermeiro do sexo masculino é essencial nesses setores. Hoje, o mercado está completamente aberto, basta eles chegarem e ocuparem cada vez mais seu espaço", conclui.