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Autoagressão

Britânica relata luta contra vício em tomar veneno

BBC Brasil
07 mai 2013 às 14:12

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Para Amy Ratnett, é bom saber que é possível contar com ajuda externa para superar o problema - BBC Brasil/Reprodução
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"A primeira vez foi uma tentativa de suicídio. Eu realmente queria morrer, mas depois disso comecei a tomar overdoses como forma de autoagressão", conta Ratnett à BBC.

"Eu chegava em casa do trabalho no fim do dia na sexta-feira, tomava uma overdose, chamava a ambulância, passava o fim de semana no hospital e voltava ao trabalho na segunda-feira como se nada tivesse acontecido", relata.

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Segundo ela, o tratamento médico para desintoxicação do veneno a deixava em agonia, o que por sua vez a levava a repetir suas ações.

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Dados do sistema de saúde público britânico indicam que o número de internações no país pelo consumo deliberado de veneno aumentaram 50% na última década.

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Durante o ano de 2011, houve mais de 114 mil casos na Inglaterra, no País de Gales e na Irlanda do Norte.


Segundo o Royal College of Psychiatrists, o consumo intencional de veneno é a forma mais comum de autoagressão atendido em hospitais.

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Especialistas advertem que o consumo de veneno pode levar à falência de órgãos e em alguns casos pode ser fatal.


Ajuda

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O problema levou a Cruz Vermelha Britânica a lançar uma campanha para orientar jovens a ajudar amigos nessa situação, com dicas de primeiros socorros.


Segundo Paul Donnelly, diretor de campanhas da organização, uma das questões importantes ao encontrar alguém que possa ter consumido substâncias nocivas é "descobrir o que eles tomaram, quando tomaram e quanto tomaram" e chamar imediatamente os serviços de emergência.

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"Se a pessoa não consegue dizer o que tomou, é possível verificar se há algum frasco ou embalagem vazia próxima. Essa informação pode realmente ajudar a salvar a vida de alguém", afirma.


Para Amy Ratnett, é importante saber que existe ajuda ao alcance para superar o problema.


"Não quero nunca mais passar por aquela dor, ou submeter minha família a isso novamente", diz.

"É bom saber que você não está sozinha, que existe apoio do outro lado. Você não precisa enfrentar tudo isso sozinha", observa.


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