Brotoeja, também conhecida como miliária, é comum em recém-nascidos e crianças, mas pode ocorrer em adolescentes, adultos e idosos. A causa principal está relacionada às situações que causam transpiração excessiva, como temperatura do ambiente elevada e surtos febris.
A umidade relativa do ar elevada, exposições demoradas ao sol, excesso de agasalhos no verão, banhos prolongados e exercícios físicos também podem ser incluídos dentro dos fatores predisponentes.
O aparecimento da erupção se deve ao bloqueio dos canais das glândulas de suor, que se rompem, deixando o suor extravasar para dentro da pele. Dependendo da profundidade deste bloqueio, pode haver o aparecimento de pequenas vesículas (bolhinhas) de conteúdo cristalino, que geralmente não coçam (miliária cristalina) ou lesões avermelhadas, às vezes com pus, estas mais pruriginosas (miliária rubra). Os locais de acometimento mais frequentes são face, pescoço e no tronco.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
A primeira medida no tratamento é colocar o doente em ambiente fresco e ventilado ou com ar-condicionado e usando roupas leves, preferivelmente de algodão. O uso de compressas frias ou banhos frios e frequentes auxiliam no alívio dos sintomas e previnem a piora do quadro.
O uso de bronzeadores, repelentes, pomadas e óleos, que obstruem os poros, é condição predisponente e deve ser evitado. Nos casos mais graves, quando não há melhora com estas medidas, o médico dermatologista deverá ser consultado.
Airton dos Santos Gon, dematologista