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Endêmico

Câncer: mil brasileiros têm o pênis amputado por ano

Agência Brasil
21 jul 2009 às 15:39

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- Reprodução
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Cerca de mil brasileiros têm o pênis amputado a cada ano por causa do câncer. Mas, apesar de grave, a doença é fácil de ser evitada, bastando cuidados de higiene local. Se for diagnosticada no início, a lesão cancerosa pode ser removida sem sequelas. Em casos avançados, a doença pode levar, inclusive, à amputação das pernas.

O assunto será abordado a partir de hoje (20), durante a Campanha Nacional de Esclarecimento sobre o Câncer de Pênis, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

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"O câncer de pênis é uma doença que mutila o homem, tanto na parte física, quanto na alma. São mil amputações por ano no país. Apesar disso, é um dos cânceres mais evitáveis que existe no mundo. É associado à falta de higiene na área genital", esclareceu o médico Aguinaldo Nardi, coordenador de campanhas públicas da SBU.

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Os primeiros sintomas são pequenas feridas que demoram muito para cicatrizar. "Toda lesão no pênis que não sara no prazo de 15 dias deve ser vista por um médico. Na fase inicial, o tratamento é muito simples, bastando tirar a lesão e o paciente fica curado".

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Um complicador do problema é a fimose, que torna difícil a limpeza, o que só é resolvido com cirurgia. Outra medida importante para se evitar a doença, segundo o médico, é ensinar as crianças a higienizarem o pênis desde pequenas.


De acordo com o médico, um dos fatores que predispõem ao câncer de pênis é o HPV, um vírus transmitido em relações sexuais. Por isso é importante também estar atento à presença do HPV, que muitas vezes se manifesta como uma pequena verruga e que é contagiosa e provoca outro tipo de câncer, o de colo de útero feminino.

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Para diagnosticar essas doenças, segundo Nardi, o melhor é procurar um urologista. Mas ele reconhece que o acesso ao especialista é difícil no sistema público de saúde. "Infelizmente o serviço público não dispõe de urologistas na quantidade que precisamos no Brasil. Ainda é muito difícil conseguir uma consulta com um especialista no SUS".


Como solução, ele cita a implementação da Política de Saúde para o Homem, uma série de medidas propostas pela SBU, que deverá ser sancionada ainda este ano pelo governo federal. Entre as ações há a proposta de serem criadas unidades específicas para problemas masculinos, chamadas de Centro de Saúde do Homem.


"O câncer de próstata mata tanto quanto o de mama", exemplificou ele, citando outra doença que atinge em grande número os homens, com cerca de 50 mil casos por ano no país.

Outras informações sobre o assunto podem ser obtidas no site da SBU na internet.


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