Pesquisadores Universidade de Tel Aviv, em Israel revelam descoberta considerada revolucionária no tratamento da depressão. A doença que sempre esteve relacionada a falta de serotonina, tem diagnóstico diretamente relacionado à problemas nas 'sinapses', impulsos transmitidos de uma célula a outra, que são responsáveis pelas mais diversas funções do corpo humano.
A descoberta poderá agilizar o processo de tratamento dos portadores da depressão, que geralmente é muito lento, uma vez que é feito baseado em tentativas e erros, exigindo do paciente a ingestão de uma grande quantidade de medicamentos diferentes.
Noam Shonrom, diretor do Laboratório de Sequenciamento do Genoma da Universidade de Tel Aviv, afirma que a descoberta pode significar uma "revolução" no tratamento da depressão. "Geralmente, a adaptação da medicação a pacientes com quadro depressivo é um processo lento, baseado em tentativa e erro, e nesse processo os pacientes sofrem muito. Nossa descoberta poderá agilizar esse processo e, em alguns anos, os medicamentos poderão ser feitos sob medida para cada paciente com base em um simples exame de sangue", afirmou em entrevista à BBC Brasil.
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De acordo com o cientista, hoje em dia a eficácia de remédios antidepressivos é de 50% a 60%.
"Com a tecnologia que estamos desenvolvendo será possível obter uma eficácia bem maior e um tratamento mais pessoal e adaptado à constituição genética de cada paciente", acrescentou.