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Desmistificação

Desinformação e medo dificultam o diagnóstico de câncer

Redação Bonde com assessoria de imprensa
14 jan 2013 às 15:11

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- Divulgação
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Estimativas indicam que somente em 2013, mais de 500 mil novos casos de câncer no Brasil serão diagnosticados. As siglas CA e a expressão aquela doença", são exemplos utilizados até hoje para dizer a palavra câncer. Muitas pessoas tem medo de pronunciá-la pelo simples motivo de atraí-la. Angústia, receio e pavor são sentimentos que ainda envolvem as pessoas e somando as dúvidas em relação ao problema, resulta em mitos que nem sempre são verdadeiros.

O Dr. Ricardo Caponero, médico oncologista, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em oncologia pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) responde dúvidas em relação ao problema.

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Os casos de câncer têm aumentado?

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Sim, o número de casos dobrará na próxima década, principalmente nos países em desenvolvimento.

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As pessoas estão mais informadas sobre o assunto?


Não. Elas têm mais acesso a informação, mas só as pessoas que já estão com a doença é que procuram informação. Ainda há uma "cancerofobia" na população.

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Há casos de recuperação e cura, mais do que antigamente?


De forma muito clara nos países desenvolvidos, mas isso não corresponde à realidade brasileira onde ainda temos muito diagnóstico tardio e falta de acesso a métodos modernos de diagnóstico e tratamento.

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Há uma forma de prevenir o câncer?


Sim. Reduzindo o tabagismo, vacinando contra o HPV e hepatites virais, selecionando pacientes com risco elevado para câncer de mama para serem submetidas à prevenção cirúrgica ou medicamentosa.

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Quais são os fatores que mais prejudicam a saúde em relação a esse problema?


Tabagismo, exposições ocupacionais, exposição a fatores biológicos de risco.

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Pode-se dizer que a hereditariedade e a genética são fatores importantes quando se fala em câncer. E os fatores comportamentais e externos? Também são relevantes?


As duas coisas. Em neoplasia de mama a genética corresponde a 30% dos casos, mas a doença neoplásica (câncer) sempre é plurifatorial. Não há uma causa única, mas a soma de fatores de risco.


Tristeza, depressão, fracasso profissional, separação, perda de uma pessoa querida causa câncer?

Não diretamente, mas podem levar a alterações que secundariamente podem contribuir para o surgimento de um câncer. Quanto mais informações corretas tivermos e quanto menor o medo em encarar essa doença de frente, maior a chance de conseguirmos diagnósticos precoces e tratamentos mais efetivos.


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