Perda de volume cerebral em pessoas saudáveis ocorre conforme o envelhecimento, porém, entre os pacientes com EM, essa redução acontece de 3 a 5 vezes mais rápida.
A esclerose múltipla (EM), doença que afeta 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, será retratada na nova novela da Rede Globo, A Regra do Jogo. O personagem do ator protagonista Alexandre Nero será diagnosticado com a doença, que é responsável, entre outros fatores, pela redução do volume do cérebro, também conhecida como atrofia cerebral.
Essa condição pode estar associada à perda de funções físicas (como o andar) e cognitivas (de memória), bem como predizer a progressão da incapacidade de um paciente ao longo do tempo.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
Em pessoas saudáveis, a atrofia cerebral (perda de volume cerebral) ocorre conforme o envelhecimento, porém, entre os pacientes com EM essa redução acontece de 3 a 5 vezes mais rápida.
Os sintomas mais frequentes da doença são perda visual, fadiga, formigamento, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, incontinência urinária e problemas sexuais. No papel de Romero Rômulo, o protagonista da trama recebe o diagnóstico de esclerose múltipla, após uma série de indícios durante uma relação sexual.
Ao contrário do que se acredita, a doença atinge pessoas jovens, e especialmente mulheres com idade entre 20 e 40 anos No Brasil, mais de 30 mil pessoas têm a doença, segundo o Ministério da Saúde. Esse total equivale a 18 casos por 100 mil habitantes.
A EM é uma doença neurológica, crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e na medula espinhal. O diagnóstico é clínico e deve ser complementado por ressonância magnética. A causa da doença ainda é desconhecida, mas já se sabe que há um componente hereditário.
A EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, possibilitando uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Estudos recentes incluíram a atrofia cerebral como uma importante métrica de acompanhamento da evolução da doença, além do habitual acompanhamento de surtos, lesões na ressonância magnética e progressão da incapacidade. Quando essas quatro métricas são impactadas pelo tratamento, é considerado um estado de "nenhuma evidência de atividade de doença".