Segundo uma pesquisa feita pelo Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, algo inédito vêm acontecendo no país. As mulheres representam 30% do número total de casos de infarto e morrem seis vezes mais de infarto do que de câncer de mama. A pesquisa ainda alerta que houve aumento entre os casos em mulheres, e queda de 17% entre os homens.
Se os dados continuarem nessa crescente, podemos prever que em 20 anos o número de mortes em decorrência de doenças cardíacas entre mulheres deve ultrapassar o índice entre homens.
O problema, normalmente, é decorrente de dietas desequilibradas, estresse no trabalho, depressão e tabagismo. O cardiologista Dr. Caio Gaiane faz um alerta e aponta que a solução é investir em exercícios físicos e controle de alimentação.
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Sintomas
Ao contrário do que ocorre com os homens, os sintomas nas mulheres, às vezes, são difíceis de detectar. Pois além da dor típica no peito e falta de ar, elas podem apresentar náuseas, dor abdominal e mal estar, o que pode confundir o médico na hora do diagnóstico e do tratamento rápido que o infarto requer.
"O crescimento do número de casos de mulheres que desenvolvem o infarto é preocupante, sendo observado também em jovens entre 20 e 40 anos e, em sua grande maioria, decorrente do estresse e sedentarismo", comenta o Dr. Caio.
Prevenção
Mas, apesar de ser tão alarmante, muitos dos fatores de risco como o peso e a pressão arterial, podem ser alterados e controlados com a alimentação e exercícios físicos e até mesmo consultando periodicamente um cardiologista.
"Além de evitar o cigarro, é fundamental realizar avaliações médicas periódicas desde a infância para a prevenção da doença. O controle da alimentação, aumentando o consumo de frutas, legumes e verduras, melhora a saúde e ajuda a controlar o peso. Além de fazer exercícios", conclui o cardiologista.
Uma caminhada diária de pelo menos uma hora é ótima opção, pois ajuda no condicionamento físico, na queima das calorias, na redução da pressão arterial e do nível de glicose e colesterol no sangue, diminuindo assim o risco de um futuro infarto do miocárdio.
Dr. Caio ainda alerta que antes de iniciar a prática de qualquer exercício físico é indispensável a consulta com um médico.