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Nova gripe

H1N1: Obesidade aumenta risco de complicações

Redação Bonde
06 jul 2009 às 15:32

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A obesidade é um fator de risco para complicações clínicas da gripe A (H1N1), apontou um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês). Segundo o órgão, pessoas com doenças cardíacas, deficiências imunológicas e diabetes também correm mais risco, se contaminadas, do que a população em geral.

O CDC analisou pacientes hospitalizados com a gripe A no estado da Califórnia durante o mês de maio e concluiu que a obesidade está entre os fatores que elevam as chances de pessoas com essa gripe apresentarem complicações médicas mais graves. A epidemiologista responsável pelo estudo, Anne Shuchat, declarou ao jornal Washington Post que ficou surpresa com a quantidade de pacientes obesos entre o número dos casos de gripe A considerados como graves.

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"A prevalência dessa patologia está sendo notada especialmente entre estudantes e pessoas jovens. Quando esses pacientes são bem nutridos e previamente saudáveis, a doença costuma evoluir de forma benigna, com a evolução clínica bastante semelhante às gripes que todos conhecemos", explica o Nataniel Viuniski, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). "A obesidade é um grave fator de risco tanto para a saúde individual como para a saúde pública", completa.

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Gestantes já estão entre os grupos de risco

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Na última semana, o CDC já havia associado a gravidez ao aumento do risco de complicações clínicas pela gripe A. Estudos sobre a gripe suína que acompanharam mulheres grávidas concluíram que elas têm um risco elevado para complicações sérias, particularmente no período final da gestação. A explicação fisiológica para esse fenômeno é que com o crescimento fetal, o fundo do útero comprime as bases pulmonares.


Essa compressão resulta em dificuldade de inspirar profundamente e também para tossir de forma a eliminar as secreções brônquicas. Além disso, o crescimento do útero sabidamente bloqueia o retorno venoso, alterando a circulação sanguínea no tórax por compressão na veia cava inferior.

Segundo Viuniski, é bem pertinente especular que as mesmas alterações possam ocorrer em indivíduos com excesso de gordura intra-abdominal. "Somados às outras complicações médicas que esses pacientes apresentam como a síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e apnéia do sono, todas acabam concorrendo para que as pessoas obesas figurem no grupo de risco elevado para gripe H1N1", conclui o médico nutrólogo.


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