O Brasil está entre os países com maior índice de problemas bucais no mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, 88% da população brasileira têm cárie. O número é ainda mais preocupante entre as crianças. Cerca de 60% das crianças de cinco anos de idade têm ao menos uma cárie e a média de dentes permanentes cariados nas crianças de 12 anos é de 2,8.
Mas o país convive com uma contradição, já que é também campeão mundial em número de cirurgiões-dentistas. São mais de 210 mil profissionais, seguido pelos Estados Unidos, com média de 170 mil cirurgiões-dentistas, e a Alemanha, com cerca de 60 mil. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 2,5 milhões de jovens (13% da população) nunca fizeram uma consulta odontológica.
Para o presidente do CROSP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), Emil Adib Razuk, é preciso mais incentivo por parte do poder público. "Este é um problema de saúde pública que deve contar com medidas que atendam efetivamente as necessidades da população. As ações de prevenção são eficientes, mas não resolvem todos os problemas. Apesar da grande disponibilidade de profissionais, o acesso aos serviços odontológicos ainda é limitado".
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Principalmente em relação às crianças, algumas medidas como programas de orientação e atendimentos odontológicos nas escolas devem ser ampliadas. "Sabemos que há esforços neste sentido, mas é fundamental que as instituições de ensino contem com um profissional para avaliações periódicas nas crianças", comenta Razuk.
A saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral em todas as idades. Portanto, é preciso ter os devidos cuidados com a boca para um organismo saudável. Manter a higiene bucal através da escovação, o uso do fio dental e creme dental com flúor, além de contar com uma alimentação saudável e balanceada, evitando o álcool e tabaco, são cuidados essenciais no combate aos problemas bucais. "Essas medidas são básicas e fundamentais e devem ser acompanhadas da visita ao cirurgião-dentista periodicamente para que o tratamento da saúde bucal não seja apenas resolutivo, mas sim preventivo", completa Emil Adib Razuk (com Assessoria de Imprensa CROSP).