A campanha Outubro Rosa, que tem como objetivo a conscientização e a prevenção ao câncer de mama, está chegando ao fim. Entretanto, isso não significa que os cuidados devem ser deixados de lado. Para isso, ter informação é um dos fatores mais importantes para mulheres e, também, homens.
A mastologista Isabela Garcia Spironeli, que atua em Londrina, selecionou os mitos e verdades mais comuns relacionados ao câncer de mama. Confira abaixo e tire suas dúvidas.
É impossível prevenir o câncer de mama.
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Mito. "O controle da massa corpórea, em especial na pós-menopausa, é comprovadamente redutor de risco. A diminuição da ingesta alcoólica também. A prática de atividade física regularmente se relaciona com diminuição de risco. Em casos específicos, de alto risco, com mutações genéticas, cirurgias redutoras de risco podem ser discutidas - como fez a atriz Angelina Jolie. O uso de anti-hormônios seria justificado em casos de alto risco - lesões chamadas hiperplasias atípicas ou cânceres de mama já tratados", declara a mastologista.
A ultrassom de mamas substitui a realização da mamografia.
Mito. De acordo com Isabela, a mamografia é, comprovadamente, o único exame capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama, por isso recebe maior enfoque na campanha do Outubro Rosa. "A ultrassom em associação ao exame clínico e mamografia complementam a investigação e garantem diagnósticos mais claros", comenta.
Mulheres mais jovens não podem fazer mamografia.
Depende. "Mulheres jovens tem um predomínio de tecido glandular - aspecto denso a mamografia - o que limita sua capacidade de detecção de nódulos", explica. Entretanto, ao perceber nódulos no autoexame, independentemente da idade, a mulher deve investigar com métodos individualizados que devem ser recomendados por um médico.
O uso contínuo do sutiã pode causar câncer de mama.
Mito. Segundo a especialista, não existe relação alguma entre o uso do sutiã e o câncer de mama. Além disso, a mastologista afirma que também não existem influências do uso de desodorantes anti-transpirantes e de próteses de silicone na doença.
Mulheres com seios menores têm menor probabilidade de desenvolver câncer de mama.
Mito. A mastologista afirma que mamas pequenas também podem desenvolver câncer.
Quem menstrua muito cedo ou é mãe depois dos 30 anos tem maior probabilidade de desenvolver a doença.
Verdade. "A glândula mamária termina seu amadurecimento após uma gestação completa. Por isso, uma primeira gestação após os 35 anos configura risco aumentado temporariamente. Já a menarca - primeira menstruação- precoce ou menopausa tardia aumentaria o número de ciclos hormonais, que estão associados a risco pouco mais elevado de câncer de mama", finaliza.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.