Qual é a cara de um portador de doença sexualmente transmissível? Jovem, homem, solteiro, tatuado? Grávida? Idosos? Bebês? Sabemos que as DSTs não têm cara. Existem várias delas por ai, como HIV, HPV, sífilis, gonorreia, e todos nós corremos o risco de contrair uma. A prevenção é o segredo. O ginecologista José Bento e o infectologista Caio Rosenthal esclareceram nossas dúvidas.
Quando os primeiros sintomas de uma DST aparecem muita gente não dá bola, acha que não é nada sério. Entretanto, uma simples febre ou manchinha vermelha na pele pode ser alerta da sífilis, por exemplo. A doença é causada pela bactéria treponema pallidum. No início, ela provoca uma infecção lesão genital. A pessoa pode desenvolver febre, dores articulares, dor de cabeça, cansaço e manchas no corpo. A sífilis pode ficar encubada no organismo por 10, 20, até 30 anos.
"Essas lesões podem afetar o cérebro, o coração, a artéria aorta, pode provocar lesões nos ossos, pele, cartilagem. Não há parte do corpo que esteja totalmente livre da sífilis e o paciente pode desenvolver lesões tão graves que levam à morte", alerta o infectologista Eduardo Campos.
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A sífilis pode ser transmitida durante o sexo sem preservativo, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto. O número de mulheres grávidas contaminadas pela sífilis aumenta a cada ano. O último levantamento do Ministério da Saúde, em 2013, aponta que foram 21.382 casos diagnosticados. Entre essas mães, 13.705 passaram o vírus para os bebês. Para evitar o contágio, uma ação simples basta: usar o preservativo em toda relação sexual.
HPV
O vírus HPV se espalha silenciosamente entre a população, desde as primeiras relações sexuais. Ele é o principal causador do câncer de colo de útero – o segundo que mais mata no país, depois do câncer de mama. A solução para deter o HPV é a imunização, só que apenas a metade do número de meninas esperado tomou a vacina em 2015.
O HPV é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Pode ser transmitido também de mãe para filho no momento do parto. Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados para prevenção do HPV. Além dela, outro cuidado essencial é o sexo com proteção, com camisinha.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
(com informações do site G1)