A professora de música britânica Lauren Reed, 33 anos, passou por uma cirurgia na mandíbula que acabou com a dor de cabeça que afetava sua vida há 20 anos.
Há pouco mais de um ano, a professora recebeu uma nova mandíbula, de metal. A operação envolve a quebra da mandíbula superior e a colocação do implante em uma nova posição.
Além disso, os médicos também substituíram as juntas da mandíbula, que estavam desgastadas.
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Logo que acordou depois da cirurgia, Reed já não sentia mais a dor.
"É maravilhoso, é como se eles tivessem feito um milagre. Passei por uma dor terrível todos os dias da minha vida antes da cirurgia. Eu costumava sair da minha mesa de trabalho e chorar por 20 minutos, era insuportável", contou a professora à BBC.
Desde criança, Reed sofria de um problema nas juntas da mandíbula - disfunção temporomandibular - que causava dores de cabeça constantes e fortíssimas.
Em algumas ocasiões, as dores de Reed eram tão fortes que ela não conseguia comer.
"Eu não conseguia dormir ou comer corretamente. Simplesmente não conseguia funcionar. Era como ver o mundo através de uma névoa cinza. Eu era uma pessoa muito triste", disse.
A dor também causava problemas para a vida social da professora.
"Eu tinha vergonha de comer em frente a outras pessoas e de sair. Tinha que comer quantidades minúsculas e, frequentemente, meu rosto doía tanto que eu tinha que parar de comer. Era muito exaustivo e comecei a perder peso", afirmou.
Outra cirurgia
Lauren Reed já tinha passado por outra cirurgia, quando tinha cerca de 20 anos. Mas a operação naquela ocasião não obteve sucesso e as dores pioraram.
Durante a noite, a professora sofria com bruxismo e estalos constantes na mandíbula.
E, durante dez anos, Reed teve que viver tomando analgésicos.
Lauren depois da cirurgia (Foto: King's College, Londres)
Até que seu dentista a encaminhou para uma clínica especializada em mandíbula no hospital do King's College de Londres, dirigida pelo cirurgião Shaun Matthews.
Matthews a convenceu que a única opção para o caso era uma mandíbula nova.
"Eu sentia tanta dor que não me importava mais. Nem pensei na aparência, só queria acabar com a dor", disse Reed.