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Fundação recomenda

Mulheres devem adiar gravidez por causa da H1N1

BBC Brasil
26 jul 2009 às 10:18

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Confesso que fiquei meio assustada esta semana ao me sentir diretamente envolvida em uma das polêmicas que esquentaram o debate sobre a gripe suína aqui na Grã-Bretanha.

Grávida de pouco mais de três meses, na semana passada passei quatro dias trancada em casa com suspeita da tal gripe. No meio do meu isolamento, ligo a tevê e vejo que uma grávida de 39 anos que havia contraído o vírus H1N1 morreu poucas horas após dar à luz, e que seu bebê estava em estado crítico.

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Tento me acalmar e penso que a maioria das gestantes que contrai gripe suína tem sintomas leves e se recupera e uma semana. Eu, àquela altura, já estava me sentindo bem melhor e, como nem sabia se tinha a doença ou não (aqui eles não fazem mais os testes), tentei me convencer de que não havia muito perigo.

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Medo

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Mas, no fundo, o medo de que o possível vírus pudesse ter feito mal ao meu bebê me acompanhou o fim de semana inteiro.


E o medo, infelizmente, não pareceu injustificado. No domingo, os jornais britânicos estamparam em suas manchetes que a morte da gestante dias antes tinha sido um alerta para o governo, que decidiu relançar todas suas orientações feitas até agora para tentar minimizar os casos da doença entre grávidas.

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Consideradas parte do grupo de risco por terem o sistema imunológico mais vulnerável, elas não apenas têm mais chances de pegar qualquer gripe, como também de sofrer complicações.


Fundação recomenda adiar gravidez

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A coisa cresceu quando a National Childbirth Trust, uma fundação que oferece apoio e orientações a gestantes e pais, recomendou que as mulheres adiassem os planos de engravidar até que a pandemia acabe.


O governo reagiu na hora, rebatendo que a declaração foi "exagerada" e argumentou que o momento não é de pânico, mas de precaução. Apesar de as orientações às grávidas serem relativamente simples, como evitar locais cheios e fechados e viagens desnecessárias, as autoridades não descartaram a possibilidade de recomendar que as gestantes não saiam de casa a partir do outono, quando a epidemia deverá atingir o pico.

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Proteção


É difícil saber como agir nessas horas. Ao mesmo tempo em que sei que devo me proteger, quero levar uma vida normal e não cair na paranóia. Como centenas de grávidas em Londres, eu trabalho de segunda a sexta e preciso do transporte público para chegar ao emprego e transitar pela cidade. E assim pretendo continuar levando a vida.


O jeito mesmo é redobrar a atenção com a higiene. Lavo as minhas mãos o tempo todo e não saio de casa sem o gel antibactericida na bolsa. No mais, é rezar para que essa praga acabe logo. Salve-se quem puder...

(Post de Fernanda Nidecker)


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