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Mulheres recorrem à cirurgia plástica após divórcio

Redação Bonde
05 abr 2011 às 16:07

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- Reprodução
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Uma matéria do inglês Daily Mail publicada recentemente, traz informações sobre o que seria uma tendência comportamental entre as britânicas: a realização de plásticas como forma de vingança contra os ex-maridos.

Este "novo recomeço" está sendo apelidado de "cirurgia de vingança". Segundo estatísticas divulgadas no começo do ano, as mulheres divorciadas respondem, hoje, por um quarto de todas as cirurgias plásticas realizadas no Reino Unido. E muitas deste grupo admitem que se submetem a diversos procedimentos cirúrgicos para "surpreender" ou para "atacar o brio" do ex-companheiro.

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Nos EUA, local onde todas as idéias podem ser comercializadas, algumas clínicas de cirurgia plástica já oferecem pacotes de divórcio para homens e mulheres, que procuram a cirurgia, depois de uma separação. Apesar dos benefícios da cirurgia plástica serem inegáveis, antes ou logo após uma separação, o que os estudiosos do tema se perguntam é se é correto tirar proveito da infelicidade e da fragilidade alheias...

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"Se reiventar"

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"Não são somente as mulheres divorciadas que chegam aos consultórios de cirurgia plástica com este desejo: o de ‘se reinventar’. O executivo desempregado, a filha preterida, o adolescente com mamas aparentes, a sexagenária que acabou de ficar viúva, a modelo que não pode perder um grande trabalho no exterior, a imigrante japonesa insatisfeita com suas pálpebras e muitos outros pacientes acalentam o mesmo desejo: virar uma página da vida, transformando-se em ‘outra pessoa’", diz o cirurgião plástico, Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.


Antigamente, ‘se reiventar’ significava mudar o corte do cabelo, fazer uma dieta, trocar o guarda-roupa. "Hoje, como as cirurgias plásticas estão mais acessíveis, elas são a primeira escolha da lista de providências ‘para dar a volta por cima’, após uma situação desagradável", explica o médico.

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"Esclarecemos, sempre, os nossos pacientes que a cirurgia plástica estética apresenta suas limitações. Uma ‘mudança real na vida’ é fruto de um trabalho interno. Após uma conversa esclarecedora, o paciente pode até chegar à conclusão que não precisa mudar nada, exteriormente. Um bom aconselhamento deve vir antes do bisturi. Se não vejo razão para a cirurgia almejada pelo paciente, digo isto a ele", destaca Ruben Penteado, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Uma plástica, uma nova vida...

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Hoje, a cirurgia plástica é um dos instrumentos da sociedade moderna para elevar a auto-estima e o bem-estar do indivíduo, fazendo com que ele conviva melhor com sua própria imagem. "Quando esta especialidade médica iniciou seus trabalhos, os cirurgiões não falavam em estética, bem-estar, beleza, pois a importância da auto-estima não era tão difundida socialmente. O discurso era reparar as deformidades", afirma Penteado.


"A mudança exterior não é apenas voluntarismo. Quem nasceu com um nariz muito grande ou com a orelha acentuadamente para frente não considera a cirurgia plástica apenas uma vontade, e sim, uma necessidade. A cirurgia plástica também é importantíssima para as pessoas diante do trauma. Mas diante do paciente que demonstra ‘o desejo de se reinventar’, o trabalho do cirurgião é o de mostrar que ‘o normal’ ou ‘o belo’ são sutis, são mudanças que não se notam, não são transformações radicais", explica o diretor do Centro de Medicina Integrada.

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Em meio a este processo de valorização social e de busca pela auto-estima abalada por um casamento fracassado ou pela perda de um ente querido, ou ainda, pela falta de oportunidades profissionais, dentre muitas outras situações, o cirurgião plástico tem que estar atento aos excessos e às más indicações dos procedimentos cirúrgicos, que sempre devem ser evitados para o bem do paciente.


"Por isto, além de uma boa formação técnica, o cirurgião plástico tem de ter uma consistente formação ética. Se o paciente disser que tem o nariz grande, cabe a ele julgar o próprio nariz. Ao médico cabe a avaliação profissional e a conduta ética de indicar ou não uma intervenção cirúrgica a este paciente",concluiu Ruben Penteado, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

(Com MW Consultoria de Comunicação)


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