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Sem controle

Mulheres têm mais chance de sofrer incontinência urinária

Redação Bonde
19 jan 2010 às 15:26

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A perda urinária involuntária, conhecida como incontinência urinária, gera situações constrangedoras de roupas molhadas pela dificuldade de segurar o xixi até chegar ao banheiro, principalmente para a mulher. Esta perda pode ser precedida de um esforço (tosse, espirro, risada ou exercícios), de uma vontade urgente de urinar ou de ambos.

"A perda do controle da bexiga não é uma doença, mas sim um sintoma que pode surgir por determinadas causas. Pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade: de crianças a idosos, homens e mulheres. As mulheres, contudo, têm três vezes mais chances de sofrerem incontinência urinária, por causa de fatores como o esforço físico causado pela gestação e por uma queda nos níveis de estrogênio depois da menopausa", informa Dr. Oskar Kaufmann (CRM-SP 104.028), doutor em Urologia, especialista em cirurgia robótica em urologia, Membro da Sociedade Brasileira de Urologia, American Urological Association, Endourological Society e integrante do corpo clínico dos Hospitais Albert Einstein e São Luiz.

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A incontinência urinária chega a atingir 25% da população feminina. Mesmo os quadros leves interferem diretamente nas atividades diárias destas mulheres, comprometendo a qualidade de vida. "Muitas consideram que a perda urinária faz parte dos problemas que as mulheres têm que aceitar ao se aproximarem da velhice. Por conta deste falso conceito e por não conhecerem a existência de tratamentos modernos, nem sempre cirúrgicos, muitas não procuram ajuda médica", completa o especialista

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Mas o que leva à incontinência urinária? "O aumento do peso do conteúdo abdominal e uterino, devido à gravidez, é uma das causas da incontinência urinária futura. Durante a gestação, o aumento do volume abdominal e a presença da cabeça fetal na pelve podem causar uma pressão maior sobre o diafragma muscular pélvico, levando à flacidez dessa musculatura", explica Dr. Oskar.

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Tipos de incontinência


Do ponto de vista de diagnóstico, existem quatro tipos de incontinência urinária:

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Incontinência de esforço: é causada por danos ou enfraquecimento dos músculos da pélvis, em especial do assoalho pélvico. Esse conjunto de músculos que fica na parte inferior da pélvis dá sustentação aos órgãos baixos e ajuda-os a manter sua forma e a realizar suas funções adequadamente. Partos, menopausa, fraturas na pélvis e certos tipos de cirurgia, como histerectomia (remoção do útero), podem fazer com que esses músculos se tornem deficientes. Como resultado, qualquer atividade que exige um esforço repentino ou pressão na bexiga, como espirrar ou jogar tênis, pode causar a liberação de urina.


Incontinência de urgência (também chamada de bexiga hiperativa): a pessoa sente uma necessidade repentina de urinar e não consegue chegar ao banheiro a tempo. Ela ocorre quando há danos nos nervos que conectam o cérebro e a bexiga, resultando em contrações incontroláveis do músculo da bexiga, que forçam a eliminação da urina. Esses danos nervosos podem ser causados por derrames, traumas na medula ou doenças como esclerose múltipla, que causam disfunções nervosas.

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Incontinência mista: algumas pessoas sofrem, simultaneamente, tanto de incontinência de esforço quanto de urgência.


Incontinência de superenchimento: neste tipo, o corpo produz mais urina do que a bexiga consegue armazenar, causando o vazamento ou "gotejamento" do excesso de urina. Ela pode ser resultado de uma obstrução ou de um mau funcionamento dos músculos da bexiga, que impedem que ela seja esvaziada completamente, causando vazamento da urina.

"Dependendo do tipo de incontinência, os tratamentos podem incluir mudanças no estilo de vida ou comportamento, medicação, exercícios especiais, cirurgia ou vários aparelhos e produtos que ajudam a lidar com a incontinência. Geralmente, uma combinação dessas possibilidades é utilizada", finaliza Dr. Oskar.


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