De acordo com o neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes Pinto, quando estamos perto de uma pessoa que de fato sentimos atração física e afetiva só de trocar olhares rapidamente o cérebro processa a vontade de beijar. Isso porque as imagens visuais são processadas pelos lobos occiptais e refletem para o sistema límbico, que é o circuito emocional.
Dessa forma, o acúmulo de emoções que envolve os casais promove uma mudança de comportamento diferente no cérebro do homem e da mulher. E é isso que faz as bocas se encaixarem.
O médico conta ainda que certas áreas do cérebro precisam ser "desligadas" tanto nos homens como nas mulheres, para que outras áreas possam ser ativadas no momento que antecede o beijo. "Em especial as amígdalas nos lobos temporais, centro da "defesa" de fuga ou luta, são "desligadas" e os centros do prazer são ativados como a área tegmental ventral do cérebro masculino", detalha.
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Já nas mulheres, o cortex órbitofrontal lateral esquerdo, responsável pelo controle de desejos elementares, silenciam-se também. E então elas conseguem se despreocupar dos pudores e simplesmente se deixam levar pela troca de sensações do beijo.