A cada ano 1,5 milhão de novos casos são diagnosticados de câncer de mama entre as mulheres no mundo inteiro. A obesidade é um dos principais fatores que colocam esse tipo de câncer como o segundo mais frequente. Mulheres obesas que atingem a menopausa têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença.
De acordo com o oncologista Artur Malzyner, a obesidade contribui para o aumento da produção do hormônio feminino estrógeno, que quando encontrado em grandes quantidades no organismo da mulher pode provocar a multiplicação celular descontrolada das células do seio e de outros órgãos femininos. "Os níveis desse hormônio deveriam estar diminuindo nessa fase da vida devido a perda de função dos ovários", explica o especialista.
Existe ainda um outro fator que liga o desenvolvimento do câncer de mama com a obesidade - é a inflamação. As células de gordura aumentam a produção de fatores inflamatórios, que estão diretamente relacionados com a proliferação e crescimento das células do câncer. Por estas razões, dieta equilibrada e atividade física são orientações básicas para evitar a obesidade e sobrepeso. "A mulher que está fora do peso considerado ideal para sua faixa etária deve adquirir o quanto antes hábitos alimentares saudáveis, e evitar o sedentarismo", reforça o médico.
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Entre os sinais de alerta da doença estão o nódulo palpável no seio acompanhado ou não de dor mamária, alterações na pele que recobre a mama e secreção no mamilo.
Além da obesidade e sedentarismo , o tabagismo e a predisposição genética são também fatores que colaboram para o desenvolvimento do câncer de mama. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama são elevadas, já que a doença ainda tem sido diagnosticada em estádios avançados.
"Para que a doença seja identificada precocemente e permita cura definitiva é importante a realização da mamografia a partir dos 40 anos de idade. Este exame permite mostrar lesões em suas fases mais iniciais , detectando lesões bem pequenas. A mulher que tem história desta doença na família deve iniciar exames mais cedo", diz o especialista que reforça ainda a relativa ineficiência do autoexame como método adequado para diagnostico precoce do câncer de mama. "O autoexame não tem sido método de diagnostico estimulado para as mulheres, já que somente médicos ou enfermeiras treinados conseguem detectar tumor de até um centímetro, e isto se superficial. A mulher que realiza o autoexame só irá perceber seu problema quando sua doença estiver excessivamente avançada", completa.