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Alerta

Origem emocional responde por 30% das doenças na pele

Redação Bonde
13 ago 2016 às 09:55

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- Reprodução
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A pele é extremamente sensível às emoções, qualquer doença que a afete pode causar estigma, ansiedade e depressão. Segundo Márcia Senra, dermatologista do Hospital Federal de Ipanema, no Rio de Janeiro, 30% dos casos de distúrbios que se manifestam na pele têm origem emocional. Com formação também em psicossomática (estudo dos efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo) e pós-graduada em Psiquiatria na Santa Casa da Misericórdia do Rio, Márcia, desde 2008, utiliza a Psicodermatologia para diagnosticar os efeitos do estresse sobre a pele, o impacto psicológico e social causado por doenças cutâneas e a correlação de doenças dermatológicas e psiquiátricas nos pacientes que atende no ambulatório do hospital. As informações são do Ministério da Saúde.

A Psicodermatologia estuda a conexão entre a pele e o sistema nervoso. Essa conexão entre a pele e o cérebro começa no período embrionário, derivam do mesmo ectoderma (folheto embrionário mais externo, do qual deriva a pele, o sistema nervoso, os órgãos dos sentidos entre outros) e são afetados pelos mesmos hormônios e neurotransmissores.

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Sintomas como ansiedade, depressão e baixa autoestima podem estar associados à manifestação ou agravamento de problemas como acne, vitiligo, psoríase, dermatite atópica (provocada por reação alérgica), rosácea e herpes. "Um paciente que está incomodado com algum problema na pele pode desenvolver várias patologias psíquicas como ansiedade, fobia social e depressão. Um paciente com queda de cabelo, por exemplo, procura um dermatologista, não procura um psiquiatra, mas o problema pode ser psiquiátrico", alerta Márcia.

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A idade do paciente, a localização e a aparência das lesões provocam reações psicológicas variadas, causando impacto na qualidade de vida. Os fatores psicológicos pioram os sintomas e o efeito psicossocial dessas doenças aumenta o estresse. Tratamentos convencionais podem até apresentar melhoras, mas Marcia esclarece que o problema pode não ser sanado, por isso cabe ao médico ensinar ao paciente como sair desse ciclo: "Cada caso necessita de uma orientação adequada a sua realidade, que pode variar de atividades físicas a terapêuticas. Existem várias linhas trabalho que podem ajudar o indivíduo a reduzir os fatores que geram o estresse. O importante é buscar o equilíbrio".


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