As baixas temperaturas, o ar seco e a desidratação - devido à baixa ingestão de líquidos - são alguns dos principais problemas ao se exercitar durante o inverno, relatados pela médica do esporte do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti.
Entre as diferenças de realizar exercícios, principalmente ao ar livre, nesta época do ano, estão a motivação, umidade do ar, sensação térmica e sudorese.
"A necessidade metabólica aumentada provoca sudorese que, devido à menor temperatura do ar, não evapora tão facilmente das roupas. Por isso, é importante trocá-las com maior frequência", explica. "Apesar da baixa temperatura, a hidratação também é muito importante, principalmente para repor as perdas pela sudorese, que não são tão evidentes como no verão", complementa a médica.
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Silvana Vertematti salienta que no inverno também há mais chances de desenvolver algum tipo de lesão. Isso porque, com maior demanda metabólica neste período, o corpo precisa de um aquecimento mais longo – cerca de 25 minutos - para melhorar a circulação e irrigação sanguínea, além do tradicional alongamento antes e depois do exercício.
Usar agasalhos, pelo menos até o aquecimento, e trocar a roupa suada após o treinamento também são essenciais para manter a temperatura corpórea. Além disso, a especialista recomenda a ingestão proteica adequada e balanceada. A hidratação e o uso de soluções salinas nas vias aéreas superiores também se fazem indispensáveis para evitar infecções respiratórias, comuns nesta época do ano.
"Essas atitudes previnem a perda de calor muito rápida, o que predispõe alterações metabólicas, respiratórias e contraturas musculares, que podem culminar em lesões osteomusculoarticulares mais graves".