Uma pesquisa publicada recentemente no periódico científico American Journal of Clinical Nutrition desmentiu os estudos que dizem ser prejudicial à dieta o fato de pularmos o café da manhã. Segundo a pesquisa, não ter a primeira refeição do dia pode não fazer mal ao organismo, mas ajuda a dar mais disposição para atividades diárias.
Pesquisadores da Universidade de Bath, na Grã-Bretanha, fizeram um experimento com 23 adultos para entender o real papel do café da manhã no ganho de peso. Durante seis semanas os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro precisava ingerir 700 calorias no café da manhã, enquanto o segundo poderia apenas beber água até o almoço.
Os resultados mostraram que, embora o grupo do jejum tenha comido mais no almoço, o aumento calórico não foi suficiente para superar o déficit de 700 calorias ingeridas pelos outros participantes. Os autores concluíram também que pular essa refeição também não aumentou a fome dos participantes ao longo do dia nem afetou seus níveis de gordura ou fez com que eles ganhassem mais peso.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
Entretanto, os integrantes do grupo que tomava café da manhã queimaram mais calorias ao longo do dia, principalmente devido à maior prática de atividade física. O que sugere que essa refeição pode ajudar as pessoas a ficarem mais ativas.
"Apesar de muitas pessoas opinarem se você deve ou não tomar café da manhã, ainda faltam evidências científicas rigorosas mostrando o impacto dessa refeição na saúde. Nossos estudos destacam que se o objetivo for a perda de peso, pouco importa. No entanto, se for para ser mais ativo, o café da manhã pode ajudar", disse James Betts, principal autor do estudo.
(com informações do site Veja)