A gestação é um importante momento na vida da mulher, considerado um período de bem-estar emocional. Porém, a afirmativa de que a gravidez protegeria ou abrandaria transtornos psiquiátricos vem sendo contestada por pesquisas recentes. Em decorrência das rápidas mudanças físicas e psicossociais, a gestação e o pós-parto podem complicar o curso de doenças preexistentes, além de, em alguns casos, desencadear diversas condições médicas.
A procura por profissionais de saúde, de fato, é maior durante essa fase, tornando-a uma grande oportunidade para detecção e tratamento também de transtornos psiquiátricos. Contudo, em relação ao tratamento, há certo estigma relacionado às medicações utilizadas em psiquiatria, que associam a medicação com danos ao bebê.
"O psiquiatra constantemente acaba se deparando com perguntas sobre a segurança de medicações para uso na gravidez, mas ele precisa ser um agente para desmistificar percepções de risco infundadas e, no outro extremo, conhecer as medicações que realmente podem trazer algum problema", afirma Amaury Cantilino.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
É importante que o médico não deixe de prestar os cuidados necessários, já que os transtornos psiquiátricos também podem trazer prejuízos à saúde da gestante e do bebê. Para esclarecer as particularidades relacionadas ao uso de psicofármacos durante a gravidez e a lactação, deixando o médico mais seguro em sua prescrição, o psiquiatra coordena o curso "Uso de psicofármacos na gravidez" (com Assessoria de Imprensa ABP).