Distúrbios do sono e problemas com ronco são assuntos que afligem também as mulheres. O ronco é o primeiro sintoma que o organismo dá de que existe alguma coisa errada com a respiração durante o sono. Ele demonstra que a pessoa pode ter apneia - parada respiratória que ocorre enquanto adormecido e que pode ocasionar sérios problemas à saúde como hipertensão, enfarte do miocárdio e AVC (derrame). Segundo Eduardo Rollo Duarte, dentista e periodontista especialista em Odontologia do Sono, a ingestão de álcool e a menopausa, podem causar o ronco.
"O álcool tem ação de relaxar os músculos do corpo, inclusive na região da garganta. Esse relaxamento ajuda a fechar o canal da passagem do ar, causando a vibração do ronco.", explicou Eduardo Rollo Duarte. Tudo que é em exagero gera consequências graves. Beber já faz parte da rotina de muitas pessoas, mas em excesso, além de provocar outros males a saúde causa uma noite mal dormida.
A menopausa pode ocasionar o ronco em muitas mulheres, por causa da perda ou diminuição dos hormônios femininos. "Essa redução aumenta o relaxamento da musculatura e favorece o distúrbio.", afirma o dentista. A reposição hormonal pode ajudar, mas dependendo de outros fatores não é o suficiente para evitar o ronco. Segundo Dr. Eduardo, a manutenção de um estilo de vida saudável, principalmente visando o controle de peso é uma forma de ajudar a evitar problemas como ronco. O ideal, em casos de ronco frequente, é buscar tratamento.
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O ronco ainda pode causar problemas bucais, os roncadores frequentementes reclamam de boca seca, o que contribui para o aparecimento da doenças bucais, como cárie e cárie radicular – em pessoas idosas, além de comprometer a gengiva favorecendo a gengivite e doença periodontal. "A boca seca causa a diminuição de saliva, que é um fator de proteção contra a proliferação de bactérias", explica o especialista.
Gestantes devem redobrar cuidados
Segundo Eduardo Rollo Duarte, as gestantes devem redobrar os cuidados com a higiene bucal. "O acúmulo da placa bacteriana é responsável pelo aumento de cáries e gengivites, essas infecções podem elevar as chances de um parto prematuro". Inflamações bucais levam o corpo a produzir substâncias que podem causar contrações no útero o que pode antecipar o nascimento do bebê.
A alteração hormonal durante a gravidez altera as fibras da gengiva, o que pode facilitar o acesso das bactérias que provocam a gengivite. Para evitar a inflação alguns cuidados devem ser tomados.
Cuidados com a odontologia da mulher
Controle da gengiva - a partir da puberdade. As alterações hormonais que ocorrem na mulher podem provocar a gengivite pós-puberal ou gengivite da puberdade.
Controle da gengiva em grávidas - Muito se fala sobre os cuidados que a mulher grávida deve ter com os dentes para prevenir a cárie. O que pouco se explica é que as alterações hormonais durante a gravidez podem provocar a gengivite gravídica ou da gravidez, que traz sequelas para a gengiva e para o osso periodontal, com reabsorção óssea irreversível, alterações estéticas e funcionais. "Este tipo de inflamação pode provocar o nascimento pré-maturo e de baixo peso do bebê", explicou Eduardo.
É ideal que toda mulher em idade fértil consulte seu ginecologista, mas também um dentista periodontista, pois se ela tiver gengivite, corre o risco de ter a gengivite exacerbada durante a gravidez, podendo gerar bebê prematuro e de baixo peso.
Problemas relacionados a distúrbios do sono devem ser alvo de cuidados especiais tanto em homens quanto em mulheres. As visitas ao dentista devem ser regulares, além da preocupação com a ingestão de alimentos e qualidade de vida.
- Além disso os cuidados básicos não pode ser esquecidos: Escovação dos dentes após as refeições; uso de fio dental; de enxaguatório bucal, que ajudam na diminuição de bactérias;
- Ingestão de alimentos balanceados, que contenham vitamina B e cálcio;
- Evitar ingestão de alimentos com alto índice de carboidratos, dar preferência para frutas e vegetais (com agência Floter&Schauff)