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Janela da alma

Saiba como os olhos revelam nossos pensamentos

Redação Bonde
28 set 2015 às 15:14

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- Divulgação
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Dizem que os olhos são as janelas da alma e revelam emoções profundas. Apesar de a Ciência moderna não reconhecer a existência de uma alma, ela sugere que há um tanto de verdade nesse ditado: os olhos não só refletem o que está acontecendo no cérebro como também podem influenciar a maneira como nos lembramos das coisas e tomamos decisões.


Nossos olhos estão em constante movimento e, enquanto alguns destes são controlados, muitos ocorrem inconscientemente.

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Quando lemos, por exemplo, fazemos uma série de deslocamentos oculares muito rápidos, fixando o olhar em uma palavra após a outra – os chamados movimentos sacádicos. Mas ao percorrermos uma sala com os olhos, esse movimento é mais amplo.

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Há ainda as pequenas movimentações involuntárias que fazemos com os olhos quando caminhamos, para compensar o balanço da cabeça e estabilizar o olhar. Isso sem falar nos rapidíssímos movimentos durante o sono que dão nome à fase REM ("Rapid Eye Movement").
O que se sabe agora é que alguns dos movimentos oculares podem ser realmente reveladores do nosso processo de pensamento.

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Indicadores para adivinhações

Pesquisa publicada em 2014 por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, mostra que a dilatação das pupilas está ligada ao grau de incerteza de uma pessoa durante uma tomada de decisão: se alguém está menos seguro sobre sua escolha, acaba ficando mais agitado, e suas pupilas se dilatam.


Essa alteração nos olhos também pode revelar o que a pessoa que tomou uma decisão está prestes a dizer. O estudo descobriu, por exemplo, que observar a dilatação possibilita prever quando uma pessoa cautelosa que sempre responde "não" está à beira de anunciar que optou por um "sim".

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Observar os olhos pode até mesmo ajudar a prever o número que uma pessoa tem em mente. Pesquisadores do departamento de Psicologia da Universidade de Zurique recrutaram 12 voluntários e descobriram que a direção e a amplitude dos movimentos dos olhos antecipavam com precisão se o número que eles estavam prestes a dizer era maior ou menor do que o anterior – e qual a diferença entre os dígitos.


O olhar de cada voluntário se deslocava para cima e para a direita antes que eles dissessem um número maior, e para baixo e para a esquerda antes de um menor. Quanto mais extrema a mudança de um lado para o outro, maior a diferença entre os números. Isso sugere que nós, de alguma forma, vinculamos representações numéricas abstratas no cérebro ao movimento espacial.

Mas o estudo não nos diz se o pensamento em um determinado número provoca alterações na posição dos olhos, ou se é a posição do olho que influencia nossa atividade mental.
Em 2013, pesquisadores na Suécia publicaram provas de que a última hipótese é que vale: os movimentos dos olhos podem realmente facilitar a recuperação da memória.
(com informações do site BBC)


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