Algumas pessoas comparam a dor do cálculo renal com a dor de um parto. Imensurável, o desconforto causado por essa enfermidade deve-se à quantidade de cristais acumulados,seja por alimentação,alteração genética, ou procedimentos cirúrgicos e fazem alteração do trato urinário. Felizmente, a medicina já apresenta uma série de tratamentos eficientes para a remoção do cálculo, seja ele renal, de ureter, ou bexiga. Entre eles, a Litotripsia tracorpórea por Ondas de Choque (LEOC).
No Hospital Santa Cruz, em Curitiba, o Serviço de Litotripsia (lito = pedra; tripsia = quebra, fragmentação) existe há mais de vinte anos e está cada vez mais concorrido. De acordo com o urologista Dr. Santro Ziesemer, "o número de pessoas acometidas pelo cálculo tem crescido gradativamente ao longo dos anos", conta. "Isso porque a população tem optado por uma alimentação pouco saudável, na qual os produtos vêm com muito sal, o que propicia a enfermidade", explica o especialista. Para ele, o consumo de refrigerantes é uma agressão ao corpo, pois essas bebidas modificam o PH do organismo, facilitando a formação de novas pedras.
"Além disso, a quantidade de cirurgias bariátricas realizadas aumentou consideravelmente. Esse procedimento, utilizado para tratar a obesidade, gera consequências, como desidratação e alteração nos mecanismos de absorção – fatores que também contribuem com o aparecimento do cálculo", completa Ziesemer.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
Mesmo com outras opções de tratamento, como: cirurgia aberta, laser, laparoscopia e percutânea, a litotripsia está entre as melhores escolhas, pois elimina a necessidade de anestesia, diminuindo a agressividade do procedimento.
"A litotripsia é um método inteligente, pois é baseado no fato de que o corpo humano é formado principalmente por água", comenta Ziesemer. "As ondas de choque, geradas por um equipamento e transmitidas via ultrassom, se propagam em meio líquido e penetram o corpo do paciente em direção ao cálculo, fragmentando-o", explica.
Durante a sessão de LEOC, o paciente recebe um sedativo, ou apenas um analgésico, e tem a sua pressão arterial e batimentos cardíacos monitorados. O procedimento pode ser realizado até quando o paciente não está sentindo as dores do cálculo. "O grande problema", alerta Ziesemer, "é quando as pedras estão infectadas, causando febres e calafrios: nestes casos o rim precisa ser drenado com urgência, pois o paciente corre risco de morte", ressalta (com Lide Multimídia).